Bundesbank revê em alta crescimento da economia alemã para 3,7% este ano

O Bundesbank reviu em alta para 3,7% as previsões de crescimento para a economia alemã este ano, mais sete décimas do que as previsões que tinha feito em dezembro (3%), foi hoje anunciado.

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© Reuters

Lusa
11/06/2021 11:05 ‧ 11/06/2021 por Lusa

Economia

Bundesbank

 

O Bundesbank publicou hoje as suas novas projeções macroeconómicas semestrais, crescimento e inflação, que refletem a recuperação depois do impacto da pandemia.

O banco central alemão prevê que a economia alemã cresça 5,2% em 2022 (contra 4,5% nas projeções de dezembro) e 1,7% em 2023 (contra 1,8%).

O Bundesbank também reviu em alta as suas previsões de inflação para este ano para 2,6% (contra previsão de 1,8% em dezembro), para 1,8% em 2022 (contra 1,3% anteriormente) e prevê uma inflação de 1,7% em 2023.

A inflação subjacente, que exclui os preços da energia e dos alimentos por serem mais voláteis, será de 1,6% este ano, 1,5% em 2022 e 1,7% em 2023, de acordo com cálculos do Bundesbank.

Em relação ao crescimento, o Bundesbank considera que a economia alemã está "no início de uma forte ascensão".

"A economia alemã está a superar a crise da pandemia", disse o presidente do Bundesbank, Jens Weidmann.

Uma condição para a contínua recuperação económica é que a pandemia seja contida através de campanhas de vacinação rápidas e sustentáveis e que as medidas de confinamento sejam rapidamente levantadas, porque isto contribui sobretudo para a forte recuperação no setor dos serviços, que foi duramente atingido pelas medidas de distanciamento social, e no consumo privado, segundo Weidmann.

Além disso, as exportações estão a aumentar fortemente e por isso "já este verão a produção da economia poderá voltar a atingir o seu nível anterior à crise", acrescenta o presidente do Bundesbank.

A partir do próximo ano, as capacidades económicas poderão ser utilizadas mais do que a média.

Os preços irão subir na Alemanha devido ao aumento do IVA, que foi reduzido no ano passado para impulsionar o consumo, aos novos certificados de emissão de CO2, bem como à subida acentuada dos preços do petróleo e de alguns alimentos.

Devido a estes fatores extraordinários, os preços ao consumidor irão aumentar este ano até 2,6%, embora no final do ano a taxa de inflação possa mesmo atingir temporariamente até mesmo 4%, disse Weidmann.

Mas estes efeitos desaparecerão no próximo ano e a inflação cairá para 1,8% em 2022.

O Bundesbank espera que o défice orçamental da Alemanha ultrapasse 5% este ano e que o endividamento ultrapasse os 70%, mas que no próximo ano caiam drasticamente porque a economia vai recuperar e grande parte da ajuda estatal vai desaparecer.

Weidmann também acredita que os riscos para o crescimento são equilibrados, mas que existem riscos ascendentes para a inflação.

Leia Também: Alemanha soma 2.440 casos e 102 mortos. Incidência segue a descer

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