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Administrador de insolvência da Coelima pede Comissão de Credores

O administrador de insolvência da Coelima, Pedro Pidwell, pediu ao Tribunal a nomeação urgente de uma Comissão de Credores com três ou cinco representantes dos maiores credores, incluindo os trabalhadores.

Administrador de insolvência da Coelima pede Comissão de Credores
Notícias ao Minuto

21:37 - 01/06/21 por Lusa

Economia Coelima

No requerimento dirigido ao Tribunal Judicial da Comarca de Braga, a que a Lusa teve acesso, Pedro Pidwell sugere que a Comissão de Credores seja presidida pela Caixa Geral de Depósitos, tendo como vogais representantes dos trabalhadores, do Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas (FACCE) e ainda vogais (suplentes ou efetivos) do Novo Banco e do BCP.

Estes credores reclamam créditos de 10,44 milhões de euros (CGD), 10,82 milhões de euros (trabalhadores), 9,61 milhões de euros (FACCE), 7,41 milhões de euros (Novo Banco) e 4,82 milhões de euros (BCP).

"Estando a massa e o signatário confrontado com esta situação de urgência, e com o firme propósito de defender aqueles que são os melhores interesses em presença e em salvaguarda da subsequente desvalorização do estabelecimento (com o eventual "desligar da máquina"), afigura-se necessária e urgente a nomeação uma Comissão de Credores, constituída por três ou cinco membros (conforme este Tribunal entender por bem)", refere o requerimento, datado de 31 de maio.

No documento, o administrador de insolvência sublinha a complexidade do processo bem como o facto de a tesouraria da insolvente "estar completamente exaurida", não estando neste momento "assegurado o cumprimento das obrigações operacionais referentes ao mês de junho", designadamente as inerentes aos trabalhadores, ou as que resultam de encargos necessários para a manutenção de eletricidade ou de segurança da fábrica.

"Neste conspecto, cumpre sublinhar vincadamente que o signatário não acederá na manutenção dos postos de trabalho se a massa não tiver meios bastantes para cumprir com o pontual pagamento das respetivas remunerações laborais e encargos tributários", refere Pedro Pidwell.

No requerimento, é referida a existência de "um interessado (eventualmente dois) na compra" da Coelima e da proposta colocar como "condição 'sine qua non' a manutenção de todos os postos de trabalho", com o administrador de insolvência a sublinhar que reconhece e comunga o mérito de tal desiderato.

"Deste modo [...] afigura-se como incontornável tomar a opção de concretizar a venda antecipada de bens ("rectius" da venda do estabelecimento)", refere o requerimento sublinhando a "solução, que permitirá salvaguardar os postos de trabalho e, consequentemente, o próprio estabelecimento, evitando deteriorações e depreciações resultantes do encerramento".

A Coelima -- Indústrias Têxteis apresentou-se à insolvência no passado dia 14 de abril, na sequência da quebra de vendas "superior a 60%" provocada pela pandemia e da não aprovação das candidaturas que apresentou às linhas covid-19.

O anúncio da sentença de declaração de insolvência foi publicado em 22 de abril, com a empresa a apresentar um passivo de perto de 30 milhões de euros e cerca de 250 credores no final de 2020.

Em 26 de maio a administração da têxtil Coelima anunciou que não iria apresentar um plano de insolvência com vista à recuperação da empresa, por não estarem "reunidas as condições que permitam assegurar a manutenção da exploração".

Leia Também: Coelima. Trabalhadores angustiados, mas a esperança é a última a morrer

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