"A CFI vai investir mil milhões de dólares [818 milhões de euros] em financiamento direto para as pequenas e médias empresas, a coluna vertebral das economias africanas, e investirá outros mil milhões de dólares para apoiar o financiamento do comércio internacional e facilitar o fluxo de importações e exportações de bens essenciais, incluindo alimentos e produtos médicos", lê-se num comunicado distribuído em Paris.
O anúncio surge um dia depois da cimeira de Paris sobre o financiamento das economias africanas, que procurou soluções para aumentar a capacidade financeira dos países africanos e propôs um novo modelo de cooperação para o continente.
"O montante de 2 mil milhões de dólares [1,6 mil milhões de euros] está entre os maiores alguma vez apresentados pela CFI para iniciativas específicas em África e surge num contexto em que o continente se debate com as consequências da pandemia de covid-19, que afundou a economia da região numa recessão, reduziu os fluxos de investimento direto estrangeiro, e empurrou milhões de africanos para a pobreza", aponta-se na nota.
Apesar de ter sido relativamente poupado em termos de consequências de saúde, com cerca de 130 mil mortes, o continente africano é dos mais afetados em termos económicos, não só pela falta de meios para financiar o desenvolvimento económico, como pelo pouco espaço de manobra orçamental para combater a propagação da pandemia.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional, os países africanos precisam de quase 300 mil milhões de dólares, cerca de 245 mil milhões de euros, para combater a pobreza, desenvolver as suas infraestruturas e enfrentar as alterações climáticas e a ameaça do terrorismo.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.406.803 mortos no mundo, resultantes de mais de 164,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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