"Um terço do valor vai para as empresas, um terço para os municípios e para o terceiro setor e um terço para a administração central. Não é verdade que a administração central seja a maior beneficiária do PRR", garantiu Nelson de Souza, numa audição parlamentar na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
De acordo com os dados avançados pelo ministro, as empresas vão ter um peso de cinco mil milhões de euros, ou seja, 30% do valor total do PRR, a que se vai somar a possibilidade de acionar empréstimos no valor de 2,3 mil milhões de euros.
O governante negou ainda que estes números sejam muito diferentes do que está assinalado no PRR espanhol, que prevê 23% de componente direta para as empresas, mais 7% em apoios para as infraestruturas científicas e tecnológicas.
Por sua vez, os municípios e o terceiro setor vão ficar responsáveis por executar 5.500 milhões de euros, ou seja, 33% do PRR.
O PRR tem um período de execução até 2026 e prevê um conjunto de reformas e investimentos para alavancar o crescimento económico.
Portugal entregou a versão final do PRR na passada quinta-feira, tornando-se no primeiro país a apresentar a Bruxelas este documento.
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