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Quatro administradores da Petrobras renunciam após mudança do presidente

Quatro dos onze membros do Conselho de Administração da estatal brasileira Petrobras pediram para não serem reconduzidos aos seus cargos na próxima Assembleia Geral da empresa, segundo comunicado divulgado na noite de terça-feira.

Quatro administradores da Petrobras renunciam após mudança do presidente
Notícias ao Minuto

14:35 - 03/03/21 por Lusa

Economia Petrobras

A decisão destes quatro conselheiros surge pouco depois que o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, ter anunciado de surpresa que o general reformado do Exército Joaquim Silva e Luna será o novo presidente da petrolífera estatal.

Nesse contexto, a Petrobras informou, em nota enviada ao mercado, que João Cox Neto, Nivio Ziviani, Paulo César de Souza e Silva e Omar Carneiro da Cunha pediram para deixar os seus cargos, apesar de todos terem sido convidados a continuarem no Conselho de Administração da empresa.

Os dois primeiros mencionaram "motivos pessoais" no comunicado divulgado pela Petrobras, enquanto Souza e Silva frisou que seu mandato está a terminar e que prefere não ser reeleito pelos acionistas.

Já Carneiro da Cunha criticou a mudança na liderança da Petrobras, que é estatal, mas com ações negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madrid.

"A mudança proposta pelo acionista maioritário [Governo brasileiro], embora contemplada por preceitos societários, não condiz com as melhores práticas de gestão, nas quais procuro orientar a minha trajetória de negócios", afirmou Carneiro da Cunha na nota emitida pela Petrobras.

Na sequência dessa alteração e "das posições expressas pelo mais alto representante do acionista controlador", Carneiro da Cunha acrescentou que não se sente em condições de "aceitar a reeleição" do seu nome como membro do Conselho de Administração da Petrobras.

Bolsonaro criticou publicamente a gestão da Petrobras e chegou a criticar que o presidente cessante da empresa, o economista Roberto Castello Branco, estivesse a trabalhar a partir de casa há "onze meses" devido à pandemia.

O Presidente brasileiro também tem mostrado repetidas vezes o seu desconforto com o aumento dos combustíveis porque tem sido pressionado pelos motoristas de camiões.

A gasolina acumula uma subida de 41% no Brasil só neste ano, enquanto o gasóleo disparou 34%.

A mudança da presidência da Petrobras, que ainda não foi ratificada pelo Conselho de Administração, foi interpretada pelo mercado financeiro como uma interferência de Bolsonaro na petrolífera e causou pesadas perdas nas ações da empresa.

As últimas decisões de Bolsonaro em relação à Petrobras levantaram dúvidas entre os investidores sobre o seu suposto compromisso com uma agenda económica liberal e não intervencionista, que assumiu na campanha eleitoral de 2018.

Leia Também: Polícia prende grupo que roubava combustíveis de subsidiária da Petrobras

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