Exportações de animais vivos sobem quase 21% e impulsionam agroalimentar
As exportações agroalimentares nacionais subiram 2,5% em 2020, impulsionadas pelas de animais vivos e carnes, miudezas e comestíveis, que avançaram, respetivamente 20,9% e 15,7%, segundo dados do INE, divulgados pelo Governo.
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Economia INE
"Apesar dos efeitos provocados pela pandemia covid-19, as exportações do setor agroalimentar tiveram um comportamento positivo ao longo de 2020. Segundo dados do INE, o complexo agroalimentar fechou o ano a crescer 2,5% nas exportações", indicou, em comunicado, o Ministério da Agricultura.
Por tipo de produto, as exportações de animais vivos aumentaram, no período em causa e face a 2019, 20,9% e as de carnes, miudezas e comestíveis 15,7%, afirmando-se como os grupos que mais subiram em termos de percentagem.
Já as plantas vivas e produtos de floricultura avançaram 8,8% e as frutas - cascas de citrinos e melões 6,3% e os vinhos e mostos 3,2%.
Só as exportações da agricultura, de janeiro a dezembro de 2020, progrediram 5,5%, em comparação com o ano anterior.
Citada no mesmo documento, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, defendeu que estes dados "evidenciam a resiliência e capacidade de trabalho dos agricultores portugueses e de todo o setor agroalimentar", revelando a eficiência das medidas de crise adotadas para apoiar o setor.
A governante sublinhou ainda que a Política Agrícola Comum (PAC) contribui "para a resiliência e uma maior capacidade de resposta do setor agrícola às crises".
Maria do Céu Antunes assegurou que o executivo vai continuar a acompanhar os produtores para continuar a disponibilizar medidas para que "a agricultura continue a alimentar quem sempre nos alimentou".
Em 2020, o Governo lançou um pacote de medidas para o setor do vinho no valor de 18 milhões de euros, bem como uma medida específica para a Região Demarcada do Douro, com a criação de uma reserva qualitativa para o vinho do Porto, com cinco milhões de euros de dotação.
Para o setor das flores de corte e plantas ornamentais foi lançada uma linha de crédito no valor de 20 milhões de euros, enquanto no âmbito do programa operacional das frutas e hortícolas foi alargada a medida de retirada de mercado.
No âmbito do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) foi também lançado um pacote de 12,2 milhões de euros para os setores das aves e dos ovos, carne de suíno e leite e pequenos ruminantes.
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