"Assim não dá", desabafou a ministra, citada hoje pela Rádio Moçambique, num encontro realizado na terça-feira, em Pemba, com dirigentes provinciais: há projetos de salas em que "a construção começou, pagámos, mas estão abandonadas", disse.
São diversos casos, referiu, alguns a remontar a 2012, ainda antes da insurgência armada que afeta parte da província, segundo relatou na reunião com a direção provincial de educação.
"Se a culpa da negligência for nossa, temos de tomar medidas", tais como processos disciplinares ou processos crimes, se tal for o caso, acrescentou.
O encontro fez parte de uma visita que a ministra realiza à província de Cabo Delgado desde domingo e no âmbito da qual tem mantidos diversos encontros, entre os quais com entidades de Metuge, onde estão localizados alguns dos campos de acolhimento de deslocados pela guerra na província.
A violência armada em Cabo Delgado irrompeu em 2017 e está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.
Algumas das incursões de insurgentes passaram a ser reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico desde 2019.
Leia Também: Moçambique tem disponibilidade de testes para os próximos seis meses