O Governo aprovou ontem um diploma que prevê o aumento dos descontos dos cidadãos para os subsistemas de saúde, com destaque para a ADSE. Contudo, o Jornal de Negócios apurou, que este subsistema destinado aos funcionários públicos é o mais barato para o Estado, em função do número de beneficiário que tem.
O Estado gastou, em 2012, mais de 193 milhões de euros em contribuições para a ADSE, que abrange 1,3 milhões de pessoas, sendo que o custo por cada beneficiário foi de 145,21 euros.
Já na SAD-PSP e GNR, os custos por cidadão a usufruir do subsistema de saúde são bem superiores: 396,97 euros no caso da Guarda Nacional Republicana e 477,5 euros no caso da Polícia de Segurança Pública. Ainda que o gasto global tenha sido menor, dado o número inferior de beneficiários, o custo por pessoa foi três vezes superior ao registado na ADSE.
Também os valores do subsistema de saúde destinados a militares são em muito superiores aos da ADSE, atingindo os 401 euros anuais por beneficiário.
Ao Jornal de Negócios, o presidente do Sindicato Nacional de Oficiais da Polícia, Henrique Figueiredo, justificou que “o tradicional funcionário público não está sujeito às mesmas condicionantes que os polícias”. “Os locais onde prestamos serviços são bem mais adversos e os serviços que prestamos também”, explicou.
A ADSE é o subsistema de saúde que abrange maior leque de beneficiários (alargado a reformados do Estado e respetivos beneficiários) e que tem o maior número de prestadores de serviços, contando com uma rede de 40 mil entidades.