Em pandemia, como lidar com a ansiedade financeira?

Numa altura em que muitas pessoas ficaram desempregadas e outras viram os seus rendimentos reduzidos por causa da pandemia, importa lembrar algumas formas de lidar com a ansiedade financeira.

Em pandemia, como lidar com a ansiedade financeira?

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Notícias Ao Minuto
20/09/2020 07:30 ‧ 20/09/2020 por Notícias Ao Minuto

Economia

ansiedade financeira

A crise gerada pela pandemia teve impacto nas finanças de muitas famílias e empresas e, por isso, é normal que neste período exista alguma ansiedade financeira. De acordo com a Ordem dos Psicólogos, a ansiedade financeira pode ser descrita como um "sentimento de preocupação, medo ou desconforto com as nossas finanças pessoais".

Numa altura em que muitas pessoas ficaram desempregadas e outras viram os seus rendimentos reduzidos por causa da pandemia, importa lembrar algumas formas de lidar com a ansiedade financeira. 

"É natural sentirmos estas preocupações. Perante um contexto geral de crise económica, independentemente da nossa situação financeira particular, é natural sentirmo-nos ansiosos e desanimados face ao futuro. E em situações de desemprego, perda de rendimentos, endividamento ou incapacidade para 'pagar as contas' é natural que nos sintamos ameaçados e sobrecarregados com problemas reais, com consequências reais e significativas na nossa vida", refere a Ordem dos Psicólogos. 

Porém, é "importante aprender a gerir a nossa ansiedade financeira e adoptar comportamentos que nos possam ajudar a fazer escolhas financeiras que nos façam sentir mais confiantes", sublinha. 

Algumas dicas para lidar com este sentimento que constam num folheto realizado pela Ordem dos Psicólogos: 

  • Ter consciência das nossas emoções relativamente ao dinheiro - "Algumas das emoções mais importantes relativamente ao dinheiro são o medo, a culpa, a vergonha e a inveja, sendo muito importante que possamos reconhecer as nossas emoções pela influência que têm no nosso pensamento e nas nossas acções."
  • Aceitar as nossas emoções relativamente a perdas financeiras - "Se a pandemia nos deixou numa situação financeira mais frágil (devido ao desemprego, lay-off, perda de rendimentos ou outra situação) é natural que nos sintamos tristes, com medo, frustrados ou zangados. Estes sentimentos fazem parte do processo de lidar com aquilo que perdemos."
  • Ver a situação de várias perspetivas - "Não é a primeira vez que passamos por uma crise económica. As crises económicas também trazem oportunidades e, a seguir a elas, vem um período de recuperação e de crescimento. Se pensarmos na nossa vida profissional a médio e a longo prazo, este pode ser um breve momento/obstáculo a ultrapassar – que, quando olharmos para trás, terá tido apenas um impacto relativo no nosso percurso e do qual até poderemos para o futuro vir a retirar aspectos positivos."
  • Redefinir expectativas e necessidades - "Podemos pensar em coisas quedeixámos de fazer durante a pandemia e que, neste momento, não parecem tão prioritárias como nos pareciam há um tempo atrás. Por exemplo,se calhar até é mais fácil do que nos pareceria não comprar tanta roupa,não ir a restaurantes com tanta frequência ou não viajar."
  • Pensar no pior cenário possível - "Pode parecer contra-intuitivo, mas imaginar qual seria o pior cenário possível pode diminuir a nossa ansiedade. Podemos pensar uns minutos sobre como seria se o pior acontecesse e, depois de reconhecermos os nossos medos e receios face a esse cenário, pensar também num plano para o enfrentar. A verdade é que nem sempre as coisas correm bem, mas planear e prever as nossas respostas a situações difíceis pode ajudar-nos a sentir mais controlo e também a sermos mais bem-sucedidos na gestão dos desafios."
  • Gerir atentamente o orçamento doméstico - "Conhecer a nossa situação financeira, registar onde, como e quando gastamos o dinheiro que temos disponível pode ajudar-nos a perceber, por exemplo, se há alguma categoria onde possamos gastar menos ou a planear as nossas compras. Nem as nossas vidas nem as nossas despesas são todas constantes, por isso devemos monitorizar o nosso orçamento doméstico regularmente."

Se ficou desempregado consulte este folheto também da Ordem dos Psicólogos.

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