"A empresa fechou no dia 18 de março e os trabalhadores foram para casa, só que, entretanto, não acederam ao 'lay-off', em princípio porque tinham dívidas ao Estado", disse Miguel Ribeiro, da direção do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul à Lusa.
De acordo com a mesma fonte, o grupo, dono da cervejeira Lusitana, falou em financiar-se e em obter a insolvência, mas os trabalhadores desconhecem avanços neste sentido.
Por isso, o sindicato marcou a reunião na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), no Ministério do Trabalho, com o sócio gerente do grupo Lusitano.
"Há trabalhadores com três meses de salários em atraso, não pagam a renda e têm dificuldades mesmo em comer", alertou Miguel Ribeiro.
"Vamos dar um prazo até ao final do mês para pagarem os salários em atraso e se não houver um compromisso, vamos pedir que fique em ata e que a DGERT mande para a ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho] para declarar salários em atraso", o que permite que os trabalhadores peçam "apoios sociais", indicou.
A Lusa contactou o grupo Lusitana, encontrando-se à espera de resposta.