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Trabalhadores com salários em atraso recusam reabrir dois restaurantes

Mais de 40 trabalhadores dos restaurantes RC e Vinhas d'Alho, no Porto, recusam-se a voltar ao trabalho, alegando terem em atraso os salários de março e abril, anunciou hoje Nuno Coelho, do Sindicato da Hotelaria do Norte.

Trabalhadores com salários em atraso recusam reabrir dois restaurantes
Notícias ao Minuto

19:27 - 22/05/20 por Lusa

Economia Porto

Concentrados à porta do restaurante RC, na zona da Ribeira do Porto, os trabalhadores "exigiram receber os salários em atraso, ao mesmo tempo que recusam a proposta da entidade patronal de regressar ao trabalho" sem antes serem ressarcidos dos "seus direitos", explicou o dirigente sindical.

O braço-de-ferro, segundo Nuno Coelho, já avançou para a "ameaça" com os proprietários a afirmar "que ou eles vêm trabalhar ou são fechados os restaurantes, ficando todos no desemprego.

A manifestação serviu também para os responsáveis do sindicato reunirem com os trabalhadores a quem foi proposto que "aceitem trabalhar", a troco de uma exigência à empresa de "15 dias para pagar os salários em atraso".

O sindicalista afirmou que os restaurantes "não estão em 'lay-off'".

Funcionário da casa há um ano, Carlos Amaral foi um dos trabalhadores que se reuniu na quarta-feira com a empresa, declarando ter-lhes sido dito "que não receberam o 'lay-off'" e que "só quando assim for é que vão poder pagar".

"Tenho três semanas de férias e os meses de março e abril para receber, mas há colegas que já não receberam o salário de fevereiro. Só iremos trabalhar se recebermos o dinheiro", garantiu o trabalhador.

Nos dois restaurantes, disse, "há funcionários do Bangladesh, Paquistão, Índia e Brasil, para além dos portugueses", que ficaram a saber que a estratégia da empresa para reabrir os restaurantes seria "mudarem de três em três dias".

"Isto não tem nada a ver com a crise da covid-19. Houve alguns que não receberam o salário de fevereiro. Já havia dificuldades e não é só neste, pois no outro, o Vinhas d'Alho, acontecia o mesmo", garantiu Carlos Amaral, confessando que por dever "dois meses de renda", teve de "voltar para casa da mãe" e que "já começa a faltar dinheiro para comer".

A Lusa tentou ouvir os proprietários, mas até ao momento não foi possível.

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