Presidente do Santander Totta espera extensão de moratórias dos créditos

O presidente executivo do Santander Totta disse hoje, em conferência de imprensa, que espera que as moratórias nos pagamentos dos créditos sejam estendidas mais seis meses face à incerteza da economia.

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© Reuters

Lusa
14/05/2020 13:54 ‧ 14/05/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

 

"Acredito que sim, espero que sim, principalmente se tivermos em conta que a economia não estará a crescer em 30 de setembro, que os níveis de incerteza são muito grandes", afirmou Pedro Castro e Almeida, na conferência de imprensa à distância de apresentação dos resultados do banco no primeiro trimestre (lucros de 118,9 milhões de euros, menos 13,4% do que no mesmo período de 2019).

O responsável considerou mesmo que "o mais provável é ter nova moratória por mais seis meses para famílias e empresas", até março de 2021, e que isso já foi discutido com o Ministério da Economia, que está a analisar o tema.

Também na quarta-feira, na apresentação dos resultados da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o presidente executivo do banco público defendeu a extensão das moratórias.

"Parece importante que [o prolongamento das moratórias] seja equacionado, pelo menos mais seis ou 12 meses", disse Paulo Macedo, dando a entender que há abertura do Governo para isso ser feito.

Responsáveis do setor bancário têm sido unânimes na posição de defender a extensão das moratórias para pagamento de créditos, face à severa crise desencadeada pela covid-19 e o seu impacto nas famílias e empresas.

No final de abril, o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, considerou no parlamento que as moratórias de pagamento de créditos devem ter "uma extensão tão longa quanto possível", de forma a evitar o crescimento do crédito malparado.

O Santander Totta informou hoje que tem 80 mil clientes com moratórias no pagamento dos créditos.

Segundo Pedro Castro e Almeida, as moratórias de crédito dos clientes do banco representam uma "injeção de liquidez às famílias e empresas de 1.000 milhões de euros", uma vez que é esse o valor que os clientes com empréstimos com moratórias (particulares e empresas) teriam de pagar em capital e juros até setembro (quando terminam as atuais moratórias).

No total, os créditos aderentes às moratórias têm um valor (ao longo de toda a vida do empréstimo) de 9.000 milhões de euros.

Desde final de março está em vigor a lei que permite a suspensão dos pagamentos das prestações de créditos à habitação e créditos de empresas (capital e/ou juros) por seis meses, de abril a setembro, estando a ser estudada pelo Governo a hipótese de essas moratórias serem estendidas.

Também os principais bancos que operam em Portugal acordaram moratórias para crédito ao consumo (não abrangido pela lei do Governo) e crédito à habitação, sendo que podem aceder à moratória clientes com quebras de 20% nos seus rendimentos (que a lei do Governo não abrange).

 

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