Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo liderado por António Mexia adianta que o resultado líquido reportado foi impactado por uma provisão de 86 milhões de euros relativa à barragem do Fridão, bem como o reconhecimento de uma imparidade de 297 milhões de euros nas centrais a carvão na Península Ibérica.
"Desta forma, as operações convencionais em Portugal registaram um prejuízo líquido de 98 milhões de euros em 2019, penalizadas pela manutenção de um contexto regulatório e fiscal adverso, a que se adicionou em 2019 um volume de produção de energia hídrica anormalmente baixo", justifica a energética.
Em 2019, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) da empresa cresceu 12%, face ao período homólogo, para 3.706 milhões de euros.
Por sua vez, no período em causa, o investimento totalizou 2.258 milhões de euros, 76% dos quais dedicados à expansão -- 65% em renováveis e 35% em redes.
O fluxo de caixa orgânico recorrente fixou-se em 1,4 mil milhões de euros, entre janeiro e dezembro de 2019, "traduzindo os fluxos de caixa gerados e disponíveis para cumprir a estratégia da EDP em termos de crescimento sustentável e redução de dívida e remuneração de acionistas".
Em dezembro de 2019, a dívida líquida do grupo EDP ascendeu a 13.827 milhões de euros, mais 3% do que em igual período do ano anterior.
Na sessão de hoje da bolsa, as ações da elétrica cederam 1,06% para 4,87 euros.