A Efacec diz que o pagamento de salários aos funcionários e o cumprimento dos compromissos da empresa não estão em causa, depois de a empresária Isabel dos Santos ter alertado que o arresto das suas contas em Portugal está a impedir o pagamento de salários, a fornecedores e impostos, alertando para as consequências.
"A Efacec tem uma gestão independente e reúne todas as condições para honrar os compromissos acordados com todos os seus colaboradores e fornecedores, não estando colocada a possibilidade de não pagamento de salários ou incumprimento dos seus compromissos", refere a administração da Efacec, em comunicado enviado às redações.
Em causa está o facto de a empresária Isabel dos Santos ter dito, em comunicado enviado à agência Lusa, que "contrariamente ao que aconteceu em Angola", com o arresto decretado no final de dezembro pelo tribunal de Luanda, em Portugal a "justiça entendeu arrestar e congelar contas bancárias, bloqueando todo e qualquer movimento".
Isabel dos Santos já revelou a sua intenção de se retirar do capital da Efacec, mas a saída ainda não foi concretizada, apesar de a presidente da Câmara de Matosinhos ter dito que "rapidamente se procederá" à venda.
Seja como for, a Efacec esclarece que a empresa e os seus acionistas "são entidades distintas" e, ainda, que está "focada na gestão operacional do dia-a-dia e a equipa de gestão está, em conjunto com diversos stakeholders [partes interessadas], a apoiar a reestruturação acionista, para que esta se realize com a maior brevidade possível", pode ler-se no mesmo comunicado.
O Ministério Público requereu o arresto de contas bancárias da empresária Isabel dos Santos, "no âmbito de pedido de cooperação judiciária internacional das autoridades angolanas", confirmou a 11 de fevereiro, a Procuradoria-Geral da República portuguesa.