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Cabo Verde pede 10 gigas de capacidade à Altice para repor internet

O presidente da Cabo Verde Telecom (CVTelecom), José Luís Livramento, informou hoje que a empresa pediu dez gigas de capacidade à Altice Portugal para repor a internet no país, instável desde quarta-feira devido a falhas no fornecedor internacional.

Cabo Verde pede 10 gigas de capacidade à Altice para repor internet
Notícias ao Minuto

15:15 - 23/01/20 por Lusa

Economia Cabo Verde

Em conferência de imprensa na cidade da Praia, ilha de Santiago, o presidente da CVTelecom, empresa do Estado que administra a rede de telecomunicações, começou por esclarecer que os cortes de internet no país não são um problema da operadora, mas sim da parte da TATA Communications, um dos grandes fornecedores de internet a nível mundial.

O líder empresarial adiantou que o circuito de internet de Cabo Verde para Portugal está "totalmente disponível", mas a 16 de janeiro o TATA teve um corte na ligação Lisboa-Londres, e passou a suportar o serviço à internet via Lisboa-Madrid.

"Por azar, o TATA teve um corte nesse trajeto Lisboa-Madrid e deixou de ter acesso à internet a partir de Lisboa", disse José Luís Livramento, para quem o TATA poderia fornecer o serviço através da ligação ao sul de África, mas nesse circuito também existem dois cabos cortados.

O presidente da CVTelecom informou que o corte da internet no país aconteceu às 16:28 locais (17:28 em Lisboa) de quarta-feira e que desde então o TATA está a tentar reparar o cabo para repor o serviço.

"Perante isso, não ficámos só nessa dependência. Tentámos resolver através de outras vias e estamos a contar com a Altice para nos dar cerca de 10 gigas de capacidade para repormos o serviço", prosseguiu.

A mesma fonte avançou que Cabo Verde tem uma ligação via outro fornecedor, em Espanha, mas que apenas fornece um giga de capacidade de internet, insuficiente para atender à procura que, em horas de pico, atinge uma ocupação de cerca de 14 gigas.

Com o TATA, a CVTelecom tem uma capacidade de dois circuitos de 10 gigas, continuou o presidente, notando que, mesmo assim, há algum tráfego de internet e que quem tem servidor em Portugal não está afetado.

"De Portugal para a frente é que o TATA não nos consegue dar ligações por causa do corte destes dois cabos", referiu Livramento, dizendo que este provedor fornece internet a vários outros países que também estão a ser afetados, inclusive em Portugal.

Com um giga fornecido pelo fornecedor em Espanha, José Luís Livramento disse que a prioridade está a ser dada a algumas entidades "cruciais para o país", nomeadamente a ASA (empresa que administra os aeroportos), a banca e o Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSI).

Para evitar casos semelhantes, José Luís Livramento disse que o plano B seria a instalação de um novo cabo submarino, o que deverá acontecer até final do ano, mas também contar com outros fornecedores de internet.

"Nós nunca esperaríamos que o corte de internet em Cabo Verde se desse pelo provedor de internet. Pode-se dar através de um cabo WOCS, como acontece com os países a sul da República do Congo, disse.

José Luís Livramento disse que vai ser feita uma avaliação dos prejuízos e a empresa também vai analisar a possibilidade de responsabilizar o fornecedor internacional pelos cortes da internet no país, classificando a situação de "gravíssima".

O presidente da CVTelecom disse esperar que o serviço de internet seja reposto "o mais rápido possível".

O outro operador de telecomunicações de Cabo Verde - Unitel T+ - também enviou uma mensagem aos seus clientes informando que "o uso dos serviços de internet móvel e fixo estão indisponíveis a nível nacional" e que "esforços estão a ser feitos para a resolução".

Em fevereiro de 2018, o Governo cabo-verdiano anunciou a criação de uma nova empresa para gerir a rede de telecomunicações do Estado, serviço até agora administrado pela empresa Cabo Verde Telecom.

Ao anunciar a medida saída do Conselho de Ministros, o ministro Fernando Elísio Freire disse que a decisão, "muito bem ponderada e acordada entre os operadores", serviria para "aumentar e democratizar o acesso às telecomunicações, promover a economia digital, internacionalizar-se e reforçar a regulação, mais eficiente, muito forte".

A ideia, segundo o governante, é fazer a separação entre o negócio grossista e o retalho, que será feita pela CV Telecom e outras empresas que estão no setor das telecomunicações.

No mesmo processo, o ministro referiu que o Governo vai renegociar o atual contrato de concessão com a CV Telecom, que expira em 2021.

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