António Costa comentou, esta quarta-feira, a 'luz verde' da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ao Aeroporto do Montijo. Sobre este assunto, o primeiro-ministro começou por referir que "a APA é uma entidade reguladora que age de acordo com critérios técnicos exigentes" que "fez uma avaliação do estudo de impacte ambiental e "impôs um conjunto de condições que terão agora de ser cumpridas pela ANA".
"Como sempre dissemos", prosseguiu, "no contexto atual em que vivemos e após a forma como foi feita a privatização da ANA, a solução Montijo é a solução que permite responder em tempo útil às necessidades hoje existentes", assinalou afastando qualquer pressão do Governo neste tema.
"A solução Montijo só seria possível se e nos termos em que a APA visse a definir em função do estudo de impacte ambiental" e agora, sublinha Costa, a Agência "definiu essas condições que agora a ANA tem de cumprir".
"O que estou convencido que acontecerá é que a ANA, a contragosto, irá cumprir as imposições que lhe foram feitas pela APA e que devem ser respeitadas", assinalou.
Recorde-se que em nota publicada no site, a APA referiu, ontem, que "emitiu Declaração de Impacte Ambiental (DIA) relativa ao aeroporto complementar do Montijo, confirmando a decisão Favorável Condicionada à adoção da Solução 2 do estudo prévio da Extensão Sul da Pista 01/19 e Solução Alternativa do estudo prévio da Ligação rodoviária à A12".
A agência acrescentou ainda que "esta decisão mantém o quadro de medidas de minimização e compensação (cerca de 160) que a ANA terá de dar cumprimento. As medidas ambientais ascendem a cerca de 48 milhões de euros".
O novo aeroporto do Montijo poderá ter os primeiros trabalhos no terreno já em 2020, depois da emissão da DIA favorável e da reorganização do espaço aéreo militar.