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Berlim promete 4,35 mil milhões para por fim ao carvão

Berlim prometeu hoje 4,35 mil milhões de euros de indemnizações aos operadores de centrais de carvão no âmbito do abandono deste mineral muito poluente o mais tardar em 2038, afirmou hoje o ministro das Finanças alemão.

Berlim promete 4,35 mil milhões para por fim ao carvão
Notícias ao Minuto

11:36 - 16/01/20 por Lusa

Economia Berlim

"Isto vai representar 2,6 mil milhões de euros para os complexos do oeste da Alemanha e 1,75 mil milhões para o leste", um montante repartido "numa quinzena de anos que se seguirão aos encerramentos", precisou Olaf Scholz.

A fatura poderia não ser definitiva, já que Olaf Scholz não enumerou ainda as centrais que devem fechar "nos anos 2020", sem falar das que deverão ser fechadas nos anos 2030.

Durante uma reunião que se prolongou pela noite dentro, o Estado e quatro regiões mineiras acordaram um calendário de encerramento das minas e centrais, mas este ainda tem de ser submetido aos operadores antes de ser tornado público.

Como anunciado há um ano, a Alemanha quer abandonar o carvão o mais tardar em 2038, mas poderia antecipar três anos para 2035, em função das despesas das etapas adotadas em 2026 e 2029.

O acordo também prevê o fim das autorizações de exploração da floresta milenar de Hambach, no oeste da Alemanha, ameaçada pela extensão de uma mina de lignite, e que se tornou ao longo dos anos símbolo da luta contra o carvão no país.

Para aplicar este acordo, o Governo federal prevê o depósito de um projeto lei "durante o mês de janeiro" que conta adotar "até ao final do primeiro semestre de 2020".

Nas regiões mineiras afetadas pelo encerramento de centrais e minas de carvão, o Estado prevê a instauração de um "fundo de indemnizações" para "os assalariados" do setor, uma ajuda que poderia ser dada "até 2043".

Uma ajuda financeira total de 40 mil milhões de euros também será acordada aos quatro Estados signatários do acordo até 2038, conforme um projeto lei adotado em maio de 2019.

O fim do carvão, energia muito poluente, mas barata, na Alemanha, que esteve na origem do desenvolvimento industrial do país, é complicado tendo em conta a decisão tomada em 2011 de deixar a energia nuclear até 2022.

Apesar do aumento do peso das energias renováveis, mas intermitentes e difíceis de armazenar e de transportar, a maior economia europeia ainda obtém mais de um terço da sua eletricidade a partir da hulha e da lignite.

Num plano adotado em dezembro sob pressão das mobilizações de cidadãos pelo clima, a Alemanha fixou como objetivo diminuir 55% as emissões de gás com efeito de estufa até 2030, em relação ao nível de 1990, enquanto já assegurou que não vai cumprir os objetivos climáticos para 2020.

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