A carga fiscal em Portugal subiu dos 15,7% do (produto interno bruto) PIB para 35,7% do PIB, entre 1965 e 2018, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Este é o terceiro aumento mais elevado no período entre os países da OCDE, apenas superado por Grécia e Espanha.
De acordo com os números agora conhecidos, a da carga fiscal da OCDE está ligeiramente abaixo da carga fiscal nacional, situando-se nos 34,3% em percentagem do PIB.
Os países onde a carga fiscal é maior são França, Dinamarca e Bélgica, por esta ordem, com percentagens de 46,1%, 44,9% e 44,8%, respetivamente.
Do lado oposto, o México, Chile e Irlanda são os países onde o valor da carga fiscal é mais baixo, de acordo com os números divulgados pela OCDE.
No Projeto de Plano Orçamental apresentado em outubro, o Governo estimava que a carga fiscal deverá manter-se nos 34,9% do PIB em 2019 e baixar uma décima, para 34,8%, em 2020. Ainda assim, estas projeções sobre o peso da carga fiscal são feitas com base na evolução dos indicadores económicos, mas num cenário de "politicas invariantes", ou seja, não têm em conta impactos de eventuais medidas fiscais que venha a integrar o Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).