FMI diz que reformas são urgentemente necessárias na África do Sul
O Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu hoje que "as reformas são urgentemente necessárias" na África do Sul para aumentar o investimento privado, os empregos e a crescimento económico.
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Economia FMI
De acordo com a análise anual à segunda maior economia africana, ao abrigo do Artigo IV, o Fundo considera que o país está confrontado com riscos crescentes devido ao fraco crescimento económico, aumento da dívida pública e empresas pública ineficientes.
O crescimento económico deverá ser de 0,7% este ano e 1,1% em 2020, ficando abaixo do crescimento da população pelo sexto ano consecutivo, pelo que, afirmam, "o crescimento potencial da África do Sul ficará novamente por concretizar".
No artigo que acompanha a análise da economia, o FMI diz que "a dependência na despesa pública para potenciar o crescimento económico não resultou nos efeitos pretendidos" e acrescenta que "o fraco crescimento é largamente atribuível ao investimento privado estagnado e ao declínio da produtividade originada pelo lento ritmo das reformas que deviam melhorar o ambiente de negócios".
Já na semana passada a agência de notação financeira Standard & Poor's tinha revisto em baixa a perspetiva de evolução da economia da África do Sul, de estável para negativa, sinalizando a probabilidade de descer o 'rating' nos próximos 18 meses.
"A não ser que o Governo tome medidas para controlar o défice orçamental e virmos um fôlego sustentado nas reformas, consideramos que a dívida não deverá estabilizar dentro do nosso período de três anos de estimativas", lê-se na nota divulgada pela agência de 'rating', na qual mantém a África do Sul em BB, o nível abaixo da recomendação de investimento.
A S&P manteve a opinião sobre a qualidade do crédito soberano da África do Sul, atribuindo uma nota de BB à emissão de dívida de longo prazo e B à de curto prazo.
"O baixo crescimento do PIB, o crescimento do défice orçamental e um aumento do peso da dívida prejudicam as métricas orçamentais da África do Sul", argumenta a S&P na revisão da Perspetiva de Evolução da Economia ('Outlook').
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