Quadro plurianual: "A situação não é particularmente animadora"

UGT vê com preocupação a tentativa de redução de verbas colocadas à disposição dos Estados-membros para as políticas de coesão e desenvolvimento. Já sobre o esboço do Orçamento, Paula Bernardo vê como positivo as revisões em alta de indicadores macroeconómicos, mas espera que estas se reflictam no "aprofundamento de políticas" defendidas pela central sindical.

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Melissa Lopes
16/10/2019 13:01 ‧ 16/10/2019 por Melissa Lopes

Economia

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Terminou a reunião de preparação para o Conselho Europeu com patrões, sindicatos e Governo. À saída, Paula Bernardo da UGT disse que o Governo lhes apresentou “um ponto de situação daquilo que serão as matérias que estão em discussão, sobretudo com enfoque em duas delas”: os desenvolvimentos da negociação do quadro financeiro plurianual e a questão do Brexit.

Em relação ao quadro financeiro, a posição da UGT “já é conhecida e é clara”.

“Preocupam-nos as tentativas de reduzir as verbas que serão colocadas à disposição dos Estados-membros para as políticas de coesão e de desenvolvimento e que afectarão certamente Portugal”, declarou a responsável, sublinhando que é preocupante que, no decorrer dessa redução de verbas, a Comissão Europeia venha a “aumentar as taxas de comparticipação nacional”.

Tal, prosseguiu, “exigirá um esforço acrescido a países que como Portugal ainda têm necessidades acrescidas de investimento”.

Paula Bernardo confessou que a situação “não é animadora”. “Da reunião que tivemos, a situação não é particularmente animadora. Estes problemas persistem, esta incerteza relativamente àquilo que vai ser de facto o volume global do fundo comunitário que continua em aberto. A nossa preocupação é que falte à UE uma verdadeira ambição para assegurar aquilo que é um dos seus valores fundamentais que é a promoção da convergência entre estados-membros”, enfatizou.

Para a responsável da UGT, face aos desafios que a Europa enfrenta “precisávamos de mais Europa e não de menos Europa” e “esta redução de verbas acaba por traduzir-se em menos Europa”.

Questionada sobre o esboço do Orçamento do Estado entregue a Bruxelas, Paula Bernardo afirmou esperar que a UGT seja uma “parte ativa” na discussão do próximo OE e sublinhou como positivas as revisões em alta dos indicadores macroeconómicos.

“As revisões em alta dos indicadores macroeconómicos são acolhidos positivamente pela UGT e esperamos que se reflictam depois na possibilidade de avançarmos para o aprofundamento de algumas políticas que a UGT tem vindo a defender”, declarou

De qualquer modo, referiu ainda a responsável, “também tivemos oportunidade de dizer na reunião que era fundamental que as necessidades específicas de Portugal fossem devidamente acauteladas no quadro da preparação do fundo comunitário”, frisando a importância das prioridades nacionais mas também regionais.

Para a UGT, as matérias mais importantes são o investimento público, a resposta às necessidades de emprego de qualidade, a valorização do trabalho e a melhoria das condições de trabalho e a melhoria do salário seja no setor privado seja no público.

 

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