"Serviços mínimos fazem todo o sentido" na greve às horas extra
André Matias de Almeida acredita que quem defende que serviços mínimos não são necessários desconhece a lei.
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Economia greve dos motoristas
Os SNMMP entregou um novo pré-aviso de greve e a "Antram está a fazer uma avaliação com as associadas" em relação aos serviços mínimos necessários. "Até amanhã ao final do dia teremos uma nota" relativamente ao tema, revelou André Matias de Almeida em declarações aos jornalistas.
Considerou o porta-voz da Antram que "é um erro grave dizer-se que não faz sentido falar-se em serviços mínimos quando estamos perante uma greve ao horário extraordinário. Serviços mínimos fazem todo o sentido".
André Matias de Almeida espera que "os trabalhadores sejam responsáveis", e que não se assista a "serviços mínimos incumpridos".
Já quanto à possibilidade de uma nova requisição civil, o porta-voz da Antram disse esperar que tal não seja necessário. "Quero acreditar que desta vez haverá responsabilidade e que o Sindicato terá até à greve a consciência daquilo que aconteceu já com a Fectrans e com o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), ou seja, com o diálogo e a negociação atingiram objetivos que foram além do protocolo de 17 de maio".
Defendeu ainda o advogado que "não é vergonha ter um passo de humildade, desconvocar este pré-aviso de greve e dar um passo atrás. Já garantimos que este Sindicato estará olhos nos olhos na negociação, não estará a olhar debaixo para cima. Estamos disponíveis para negociar e queremos ir para a mediação, desde que esta não seja uma imposição".
As exigências que têm sido feitas pelos sindicatos, "de constantes aumentos", no entendimento do porta-voz da Antram "não se coadunam com a evolução do setor", que está em contraciclo. Este "é o terceiro ano consecutivo com decréscimo de resultados. Isto não pode ser alheio a quem está numa mesa de negociações", reforçou.
Os motoristas de matérias perigosas vão voltar à greve entre os dias 7 e 22 de setembro, mas desta vez só aos fins de semana e trabalho extraordinário, anunciou o sindicato na quarta-feira.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, que levou o Governo a adotar medidas excecionais para assegurar o abastecimento de combustível, terminou no domingo, ao fim de sete dias de protesto, depois de o SNMMP, que se mantinha isolado na paralisação desde quinta-feira à noite, a ter desconvocado.
O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias desvinculou-se da greve ao quarto dia, na quinta-feira à noite, e vai regressar às negociações com o patronato em 12 de setembro.
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