Em comunicado, a associação, que reúne 300 empresas do setor, mostrou o seu "firme apoio" à retaliação de Pequim, após o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar, na semana passada, a imposição de novas taxas alfandegárias, de 10%, sobre um total de 300 mil milhões de dólares de bens importados da China, a partir de 01 de setembro.
"As terras raras são um recurso estratégico importante. (...) Devemos estar plenamente conscientes das vantagens da China neste recurso", aponta o comunicado.
A associação pede aos seus membros que "entendam plenamente as peculiaridades da exportação de produtos de terras raras (...), evitem riscos de forma eficaz e reduzam as perdas".
E garante que serão os consumidores e empresas norte-americanos a absorver os custos das tarifas.
As terras raras são um conjunto de 17 metais essenciais para o fabrico de produtos tecnológicos.
Pequim ameaça cortar o seu fornecimento, como retaliação na guerra comercial que trava há um ano com Washington.
O país é a origem de cerca de 80% das terras raras importadas pelos EUA.
Após um primeiro período de tréguas na guerra comercial ter colapsado, em maio passado, o Presidente chinês, Xi Jinping, visitou uma unidade de processamento de terras raras, num sinal de que a China poderia boicotar o fornecimento.
A China abriga 36,7% das reservas mundiais de terras raras conhecidas -- estimadas em cerca de 120 milhões de toneladas -- e em 2018 produziu 70,6% do total mundial.