Em comunicado, Bruxelas anunciou estar "a responder rapidamente a uma ameaça imediata" e a proibição abrangerá todos os navios de pesca e será aplicável em todo o mar Báltico, exceto na parte mais ocidental, em que esta unidade populacional está muito menos presente.
"O esgotamento desta unidade populacional de bacalhau teria consequências catastróficas para a subsistência de muitos pescadores e comunidades costeiras do mar Báltico", considerou o comissário europeu para os Assuntos Marítimos e Pescas, Karmenu Vella.
A Comissão Europeia decidiu optar pela proibição das capturas, porque as medidas já adotadas por alguns Estados-membros para proteger a espécie "não asseguram uma abordagem uniforme em todas as zonas em que está presente a unidade populacional de bacalhau do Báltico oriental", além de que nem todos os Estados-membros tencionam adotar medidas nacionais.
Segundo Bruxelas, os cientistas alertaram ainda para diversos fatores, além da pesca, que representam uma ameaça para a unidade populacional e devem ser tratados separadamente, nomeadamente a falta de salinidade, temperaturas da água demasiado elevadas, um teor de oxigénio demasiado baixo e uma infestação parasitária.
No âmbito da política comum das pescas, a Comissão pode tomar medidas de emergência, por um período máximo de seis meses, para atenuar uma ameaça grave para a conservação dos recursos biológicos marinhos.
O executivo comunitário já adotou anteriormente medidas de emergência para proteger unidades populacionais vulneráveis, nomeadamente o biqueirão no golfo da Biscaia e o robalo do Norte.