"Sobre a Libra, tivemos uma discussão muito construtiva e detalhada, com um largo consenso sobre a necessidade de agir rapidamente", explicou uma fonte francesa, citada pela AFP, acrescentando que todos os participantes tinham manifestado "preocupação com a situação atual".
Antes do início da reunião anual de ministros das Finanças das sete economias mais avançadas, o ministro francês, Bruno Le Maire, tinha considerado que não estavam reunidas as condições para o lançamento da Libra, previsto para 2020, congratulando-se por o seu homólogo norte-americano, Steven Mnuchin, já ter manifestado reservas em relação ao projeto.
"O Tesouro tem grandes preocupações em relação à Libra, que pode ser mal utilizada, para a lavagem de dinheiro ou financiamento do terrorismo", afirmou na segunda-feira o responsável norte-americano, na véspera de uma audição no comité financeiro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos de David Marcus, responsável por este projeto da moeda virtual.
Em Chantilly, a norte de Paris, onde decorre a reunião de dois dias do G7, o ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, também expressou inquietação.
"Os ministros das Finanças e líderes de bancos centrais aqui reunidos têm sérias preocupações e decidiram examinar atentamente se todas as regras atuais são respeitadas (...) ou se têm de ser alteradas para garantir no futuro a estabilidade do sistema financeiro internacional", afirmou.