Portugal tem de ser "porta de entrada" de toda a África na Europa
O Presidente da República de Moçambique disse hoje que Portugal deve ser a porta de entrada de toda a África para o mercado europeu, salientando que trouxe a Lisboa a maior comitiva empresarial de sempre.
© Reuters
País Filipe Nyusi
"Queremos que Portugal seja a porta de entrada de Moçambique para o mercado europeu, já é, mas é preciso consolidar para que seja para toda a África", disse Filipe Nyusi na abertura do Fórum Económico Parcerias para o Desenvolvimento, que decorre hoje em Lisboa.
"Não há política nem economia sem uma classe empresarial robusta e empenhada, a delegação que trouxe de empresários foi a maior de todos os tempos, são cerca de 70 empresários", disse o Presidente moçambicano, numa intervenção em que defendeu que apesar de a diplomacia entre os dois países ser excelente, "ninguém come diplomacia", sendo por isso necessário "alimentar a diplomacia com o crescimento das economias" e mais negócios para melhorar a qualidade de vida dos povos dos dois países.
Na agenda estava inicialmente previsto que os dois governantes apenas interviessem na sessão inaugural, mas ambos acabaram por ficar e responder a perguntas da assistência sobre a economia moçambicana.
"O nosso país tem um futuro promissor, pois, apesar das adversidades, a economia continua a crescer a bons níveis, apesar da desaceleração para 2% este ano por causa das calamidades naturais", disse Nyusi, apontando que espera uma recuperação para um crescimento de 6% no próximo ano.
"Os novos desenvolvimentos nos setores do petróleo e gás natural, na agricultura, turismo e infraestruturas sustentam o nosso otimismo", disse o Presidente de Moçambique.
Na intervenção inicial, Nyusi quis deixar também uma palavra de agradecimento aos esforços de Portugal no apoio ao país, na sequência da devastação provocada pelos ciclones Idai e Kenneth.
"Em nome de 28 milhões de pessoas e em meu nome próprio, quero agradecer ao povo português, que prestou um apoio inestimável desde as primeiras horas da catástrofe natural", disse, salientando que 90% das infraestruturas e das comunicações ficaram destruídas e garantindo uma especial atenção à maneira como os fundos serão disponibilizados a quem deles precisa.
"Tudo faremos para que os recursos alocados para a construção sejam aplicados de forma transparente e aplicaremos mão dura para os prevaricadores", prometeu o governante.
O Presidente de Moçambique está a efetuar uma visita de Estado de quatro dias a Portugal, que termina na sexta-feira.
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