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UE prepara sucessão de Draghi no BCE após europeias

O mandato de Mario Draghi como presidente do Banco Central Europeu (BCE) acaba no final de outubro e a escolha do sucessor será feita após as eleições europeias, com vários nomes apontados como possíveis candidatos.

UE prepara sucessão de Draghi no BCE após europeias
Notícias ao Minuto

10:15 - 24/05/19 por Lusa

Economia Banco

A escolha do sucessor do economista italiano, que termina o seu mandato de oito anos no dia 31 de outubro, será feita no quadro de um processo mais alargado de negociações para outros cargos de liderança em instituições europeias, incluindo o de presidente da Comissão Europeia, do Conselho Europeu, do Parlamento Europeu e de Alto Representante para a Política Externa.

As discussões sobre as designações para os cargos de topo na União Europeia (UE) começam numa cimeira extraordinária em Bruxelas marcada para 28 de maio, dois dias após serem conhecidos os resultados das europeias, podendo o processo estar concluído em junho.

Entre os mais citados na corrida para a chefia do BCE, estão o alemão Jein Weidmann, presidente do Bundesbank, os finlandeses Erkki Liikanen, ex-governador do banco central do seu país, e Olli Rhen, atual governador do Banco da Finlândia, bem como os franceses Benoit Coeuré, membro da Comissão Executiva do BCE desde 2012, e François Villeroy de Galhau, governador do Banco de França, os três primeiros com um perfil mais próximo de 'falcões', enquanto os dois franceses parecem mais na linha de Draghi.

Apesar de inicialmente ser visto como um dos favoritos para o cargo, o governador do banco central alemão parece ter agora menos hipóteses, numa altura em que a Alemanha surge também interessada noutros cargos europeus de topo, como o de presidente da Comissão Europeia.

Segundo o jornal The Financial Times, a escolha de Weidmann seria vista pelos apoiantes de Draghi como "uma ameaça" ao legado deste, tendo sido uma das vozes mais críticas da política monetária seguida pelo BCE, com taxas de juro em níveis historicamente baixos.

Já François Villeroy de Galhau, governador do Banco de França desde 2015, tem vindo a ser apontado como um sério candidato, apesar de um outro francês, Jean-Claude Trichet, ter ocupado o cargo. Foi o antecessor de Draghi.

O governador do banco central francês tem sido um dos apoiantes da flexibilidade monetária seguida pelo BCE na era Draghi.

Na lista dos prováveis sucessores, surge um outro francês, Benoit Coeuré, que termina este ano o seu mandato como membro da Comissão Executiva do BCE.

Segundo a agência Bloomberg, Coeuré foi um dos arquitetos do 'quantitative easing' a que o BCE recorreu, o mecanismo de injeção de grandes quantidades de dinheiro na economia para estimular a atividade. Coeuré, responsável pelos mercados, tem ainda o atributo de falar japonês.

O nome de Olli Rehn, antigo comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, um forte defensor da disciplina orçamental, tem surgido na imprensa internacional envolvido na sucessão de Draghi, sendo igualmente apontado o nome do seu compatriota Erkki Liikanen, um veterano que ocupou até julho passado o cargo de governador do banco central do seu país, tendo-lhe sucedido Rehn.

Liikanen foi chamado em 2012 a presidir a um grupo de peritos para avaliar a necessidade de reformas estruturais no setor bancário da UE.

Draghi, antigo governador do Banco de Itália, assumiu a presidência do BCE em novembro de 2011 e conseguiu ao longo de oito anos alargar a ação do banco central, que tem como principal objetivo manter a estabilidade dos preços.

Em julho de 2012, teve um papel essencial para ultrapassar a crise das dívidas soberanas, ao prometer que o BCE faria tudo o que fosse possível para salvar o euro.

À política com baixas taxas de juro que o BCE seguiu nos últimos anos, juntou-se a partir de 2015 o lançamento de um programa alargado de compra de ativos, que contribuiu para baixar os juros da dívida soberana nos países do euro, em particular os do sul, com finanças públicas mais frágeis.

Em março passado, o BCE anunciou que vai manter as suas taxas de juro no atuais mínimos pelo menos até ao final de 2019. A partir de novembro será outra figura a explicar o que o banco central fará depois.

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