De acordo com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV), a greve "abrange todos os trabalhadores da Manpower e RHmais, seja qual for a sua atividade, local de trabalho e regime de horário", estando prevista uma concentração entre as 10h00 e as 12h00 de quinta-feira em frente ao edifício da Nos em Campanhã, no Porto.
"Os 'call centers' são uma atividade em crescimento, nas empresas prestadoras de serviços o volume de negócios aumenta e os lucros multiplicam-se por muitos milhões de euros e para os trabalhadores sobra o mínimo salarial", sustenta o SINTTAV em comunicado.
Assegurando ser esta a situação "na Manpower, Rhmais, Egor Outsourcing e outras, que prestam serviços para grandes operadores como a Nos e a Meo Altice", o sindicato considera que estas empresas "não têm argumentos para continuar a justificar-se com a crise económica".
"A atual realidade demonstra que a economia cresce, as empresas têm mais lucros e neste quadro favorável não é admissível que, em tipo de 'cartel combinado', continuem focadas numa política de baixos salários e assim mantenham os trabalhadores desmotivados e a procurarem mudar de vida", argumenta o SINTTAV.
O sindicato garante que os trabalhadores "não desistem de lutar por um salário compatível com o elevado nível de responsabilidade e qualidade espelhada nas funções que desempenham" e assegura que "não serão os 'prémios' a substituir a reivindicação salarial e os demais direitos".
É que, sustenta, com os "supostos prémios" as empresas pretendem não só "mascarar baixos salários, mas objetivamente tentar justificar que, com a compensação complementar no salário, já pouco ou nada fará sentido a luta reivindicativa".
"De nada adiantará a 'chantagem' ou 'pressão' que as empresas exercem para os demover da luta por melhores condições de vida e de trabalho", afirma o sindicato, garantindo que "os trabalhadores só desarmam da luta quando sentirem justiça no aumento salarial".
A agência Lusa tentou, sem sucesso, contactar a Manpower e a RHmais.