Segundo adiantou à agência Lusa o diretor da easyJet para Portugal, José Lopes, a companhia aumentou no país a capacidade em 10% naquele período de inverno, que corresponde ao primeiro semestre do exercício fiscal de 2019 da empresa.
"Apesar das fortes restrições" ao crescimento no aeroporto de Lisboa, a companhia aumentou ali a capacidade em 6% no período -- através do "aproveitamento inteligente" de alguma capacidade residual de 'slots' em horas menos sobrecarregadas e do reforço de capacidade das aeronaves operadas -- o que lhe permitiu crescer em 5% os passageiros transportados.
"Passámos, pela primeira vez, a fasquia dos 1,8 milhões de passageiros no aeroporto Humberto Delgado", sublinhou José Lopes.
Já no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, o crescimento foi de 12% quer em capacidade, quer em passageiros, tendo, também pela primeira vez, sido ultrapassada a fasquia dos 800 mil passageiros no semestre, com um total de 831 mil passageiros transportados na primeira metade do ano fiscal.
"O Porto não tem os constrangimentos de Lisboa e tem margem de progressão", afirmou à Lusa o diretor da easyJet para Portugal, adiantando que "o aumento de capacidade para o próximo verão e próximos anos vai ser bastante grande" no aeroporto Francisco Sá Carneiro.
Já no aeroporto de Faro, e no âmbito da "aposta" que tem vindo a fazer "no esbatimento da sazonalidade no Algarve", a companhia aumentou a oferta em 21% neste inverno, após o crescimento de 15% já verificado no inverno do ano passado.
"Nos últimos dois invernos a easyJet aumento a sua capacidade no Algarve perto de 40%", salientou José Lopes, avançando que o semestre fechou com "mais de 625 mil passageiros transportados em Faro".
"Foi a primeira vez que a easyJet ultrapassou os 600 mil passageiros no inverno naquele aeroporto. É algo que nos orgulha bastante e que iremos continuar a trabalhar", sustentou.
Na Madeira, a companhia aumentou a oferta em 4%, "com enfoque nas rotas domésticas desde Lisboa e Porto para o Funchal", e o número de passageiros transportados em 2%, para cerca de 307 mil.
Relativamente a novas rotas, o diretor da easyJet para Portugal recordou o recente lançamento da nova ligação entre o Porto e Málaga e a nova rota, a partir de junho, do Porto para Bordéus.
"Estamos constantemente a analisar oportunidades de novas rotas, mas o mais importante é consolidar e melhorar as rotas que já operamos", afirmou, destacando que a easyJet pretende "continuar a consolidar os mercados que servem a emigração" portuguesa: França, Suíça, Luxemburgo e Alemanha.
A este propósito, José Lopes reiterou o apelo à ANA -- Aeroportos de Portugal para que "dê a mão" à easyJet e "baixe as taxas nos aeroportos nacionais".
"O pedido que reiteradamente faço é que o operador aeronáutico acompanhe a easyJet, que tem vindo a baixar preços para continuar a estimular o crescimento no mercado português, e baixe as taxas nos aeroportos nacionais, para que seja possível continuarmos a ter um produto competitivo, especialmente com este 'shift' [mudança] que começámos a ver com a retoma dos destinos tradicionais do Leste do Mediterrâneo", rematou.