Banca espanhola precisa de 53,7 mil milhões

A banca espanhola necessita de uma recapitalização 53.745 milhões de euros, segundo os resultados dos testes de esforço realizados pela consultora Oliver Wyman e divulgados esta sexta-feira em Madrid.

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Notícias Ao Minuto com Lusa
28/09/2012 17:11 ‧ 28/09/2012 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Economia

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De acordo com o Expansión, os bancos espanhóis precisam de 53.745 milhões de euros caso existam fusões no sector, mas as necessidades de capital sobem até aos 59,3 mil milhões num cenário em que não se verifique uma consolidação na banca espanhola.

Os dados, que foram publicados depois do fecho da bolsa madrilena, são a primeira indicação do valor que Espanha receberá do pacote máximo de 100 mil milhões de euros acordados pelo Eurogrupo para financiar o sector bancário. 

Os fundos deverão chegar a Espanha durante o mês de Outubro, segundo as previsões de fontes governamentais.

No final de Junho a Oliver Wyman já tinha estimado que as entidades financeiras necessitariam entre 51 e 62 mil milhões de euros para enfrentar eventuais perdas nas suas carteiras de crédito num cenário macroeconómico adverso.

As quatro entidades financeiras actualmente nas mãos do Estado espanhol - Bankia, CatalunyaCaixa, Novagalicia e Banco de Valência - concentram grande parte das necessidades de capital.

Para determinar as necessidades do sector, a Oliver Wyman realizou provas em dois cenários económicos, um normal e outro sob stress, com uma queda do PIB de 4,1 por cento este ano, de 2,1 por cento em 2013 e de 0,4 por cento em 2014.

Mais do que saber quanto dos 100 mil milhões serão canalizados para Espanha, a publicação dos dados da análise da Oliver Wyman permitirá, apontam os analistas, despejar todas as dúvidas sobre o estado de saúde do sistema financeiro espanhol.

Confirma também que a maior parte do sistema financeiro espanhol não necessita de qualquer tipo de ajuda pública para a sua recapitalização e permite concluir a reestruturação financeira definitiva.

Entre possíveis novas fusões que surjam no mercado espanhola antecipa-se que uma das primeiras poderá ser entre o Banco Popular e o Banco Mare Nostrum.

Por saber está o eventual posicionamento que o Santander adoptará neste processo, especialmente depois do BBVA ter concluído o processo de compra da Unnim e do La Caixa ter adquirido o Banca Cívica (que por sua vez absorveu o Caixa Girona).

Recorde-se que o Banco Popular também já comprou o Banco Pastor e pode agora adquirir o BMN, enquanto o Banco Sabadell comprou a CAM e mantém um "forte interesse" pela Catalunya Caixa.

A Catalunya Caixa está também entre os possíveis alvos das caixas de aforro bascas, unidas sob o grupo Kutxabank, um dos mais solventes do sector. Analistas sugerem que o facto de o Kutxabank ser também accionista do Sabadell poderia levar a que as duas entidades repartissem o Catalunya Caixa ou que se avançasse, até, para uma operação a três.

Por aprovar, finalmente, está também a fusão entre o Ibercaja e o Liberbank, dependente do relatório da Oliver Wyman sobre as necessidades de capital de cada uma das entidades.

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