Num comunicado conjunto, as três entidades afirmam que este contributo inicial será dividido de igual forma entre a Cruz Vermelha e a UNICEF - Fundo Internacional de Emergência para a Infância das Nações Unidas, organizações que "têm a capacidade, de forma ágil e célere, de dispor dos fundos angariados para prestar apoio de emergência aos moçambicanos mais afetados".
O comunicado, salienta, ainda a "forte e longa ligação histórica" entre Moçambique e Portugal, "países irmãos, com múltiplas parcerias empresariais e com extensa cooperação institucional".
As empresas e as duas organizações não-governamentais (ONG) apelam ainda aos portugueses para que contribuam para a angariação de fundos, através de contas solidárias na Caixa Geral de Depósitos, para a Cruz Vermelha Portuguesa (IBAN PT50 0035 0027 0008 2402 2305 3), e no Millennium bcp, para a UNICEF (IBAN PT50 0033 0000 5013 1901 2290 5).
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué provocou já mais de 400 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos.
Segundo os dados mais recentes, o número de mortos confirmados subiu para 242 em Moçambique e 139 no Zimbabué. As únicas estimativas conhecidas do Maláui continuam inalteradas, em 56 mortos e 177 feridos.
De acordo com números divulgados hoje, em Genebra, Suíça, pelo Programa Mundial Alimentar das Nações Unidas, a passagem do Idai por Moçambique, Zimbabué e Maláui atingiu, pelo menos, 2,8 milhões de pessoas.
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, decretou o estado de emergência nacional na terça-feira e disse que 350 mil pessoas "estão em situação de risco".
Moçambique cumpre hoje o segundo de três dias de luto nacional.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na noite de 14 de março, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.