"Não sendo possível estimar a taxa de adesão, os CTT despoletaram os seus planos de contingência, nomeadamente a priorização de todo o correio azul, registado e expresso, bem como o correio social (contendo vales de prestações sociais) no dia da greve", referem os CTT, em comunicado.
Sendo assim, a empresa estima que a greve "não deverá interromper o serviço" e que todas as lojas próprias dos correios se mantenham abertas".
"Os mais de 1900 postos de correio explorados por parceiros dos CTT não são afetados por esta greve", garantem os CTT.
A empresa refere que as motivações que suportam esta convocatória são "em grande parte exógenas à própria empresa e resultam de um alinhamento sindical, o que torna menos fiável uma previsão da taxa de adesão".
Não obstante, acrescenta, "a empresa tudo fará para que, no respeito da lei, esta greve tenha o menor impacto possível nos clientes dos CTT".
Os trabalhadores dos CTT iniciam na sexta-feira a quinzena de luta do setor dos transportes e comunicações contra a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2014 com uma greve de 24 horas.
Em declarações recentes à Lusa, o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) admitiu que pode não haver correio nesse dia.
"Estamos perante o cenário de haver muito poucas entregas de correio, uma vez que se prevê uma grande adesão", disse Vítor Narciso.
O sindicalista referiu ainda que foram decretados serviços mínimos, mas calculou que "devem envolver menos de 10% dos trabalhadores".
Dos serviços mínimos consta a obrigatoriedade de se entregarem vales da Segurança Social, a abertura dos marcos do correio e a abertura das estações.
Esta greve decorre na sequência da reunião que juntou, na semana passada, 36 organizações sindicais e comissões de trabalhadores do setor dos transportes.
No encontro, os trabalhadores decidiram avançar com uma quinzena de greves, entre 25 de outubro e 08 de novembro, que vai culminar com uma manifestação nacional, em Lisboa, a 09 de novembro.
Em causa está a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2014, que prevê reduções salariais, concessão das empresas públicas de transporte a privados e a redução das indemnizações compensatórias, entre outras medidas.
Depois da greve dos CTT, segue-se a paralisação de 24 horas do Metropolitano de Lisboa, a 31 de outubro.
A Transtejo e a Soflusa (transporte fluvial na região de Lisboa) param três horas por turno de 02 a 09 de novembro e os Transportes Coletivos do Barreiro (rodoviária) juntam-se "pela primeira vez à luta do setor" a 06 de novembro, desde o primeiro serviço até às 12:00.
No dia 07 de novembro é a vez de os trabalhadores da CP -- Comboios de Portugal e da CP Carga fazerem greve de 24 horas, enquanto os da Carris (rodoviária da Grande Lisboa) param das 09:30 às 15:30 e os da STCP (rodoviária do Grande Porto) entre as 08:00 e as 16:00.