A representante do IFC em Moçambique, Jumoke Jagun-Dokunmu, e o presidente da Portucel em Maputo, José Honório, assinaram hoje na capital moçambicana um acordo de cooperação relativo a um projeto integrado de plantação de eucaliptos e produção de pasta de celulose e energia nas províncias de Manica e Zambézia, no centro do país.
A primeira fase do projeto da Portucel em Moçambique consiste em novas plantações de eucaliptos numa área de 60 mil hectares, mas a empresa portuguesa tem um plano de reflorestação que pretende cobrir 356 mil hectares até 2026.
"Estamos a falar de um projeto cujo 'output' será cerca de 1,5 milhões de toneladas de celulose, para ser integralmente exportado para Ásia, Europa e EUA, e que vai movimentar numa base anual cerca de 5,5 milhões de toneladas de madeira, 1,5 milhão de toneladas de pasta de celulose, 300 mil toneladas de produtos químicos, pelo que a exigência ao nível de infraestruturas é muito grande", disse o presidente da Portucel em Moçambique.
Pelo menos quatro mil pessoas estão envolvidas nas plantações em Manica e Zambézia, o que torna o projeto "muito exigente, porque exige o desenvolvimento de uma base de matéria-prima", afirmou José Honório.
"O projeto que nos propomos a desenvolver é verticalmente integrado de plantações florestais, produção de pastas de celulose e energia", afirmou o responsável.
A representante do IFC em Moçambique considerou que a maior instituição de desenvolvimento global voltada para o setor privado nos países em desenvolvimento "irá trabalhar na avaliação do impacto ambiental e social, trabalhando com as comunidades de forma inclusiva para assegurar que elas participem na implementação e no crescimento do projeto", que prevê gerar 7.500 empregos nas duas províncias.