Empresária afirma que portagens discriminam negócios no interior
A diretora-geral da empresa de confeções Dielmar afirmou hoje, durante uma manifestação pela abolição das portagens na A23 e A25, que estas são um fator de discriminação negativa para os negócios e para o turismo.
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Economia Negócios
"Nós, como empresários, o que temos a dizer é que para além de nos impedir de desenvolver os nossos negócios na região, isto [portagens] é um fator de discriminação negativa para todos os negócios que estão aqui, para o turismo, para quem tem aqui os negócios e tem que exportar como nós", afirmou Ana Paula Rafael.
A empresária, que participou na manifestação pela abolição das portagens na A23 e na A25 promovida pela Plataforma pela Reposição das Scut, sublinhou que se o Governo fizesse as contas aos custos marginais que as portagens têm, já as tinha abolido há muito tempo.
"A verdade é que o país não se desenvolve. É um país a três velocidades e não a duas. Com um desequilíbrio enorme e nós sabemos o que vai acontecer se nada fizermos. É que em 2040, 80% da população [portuguesa] estará no litoral", sustentou.
Ana Paula Rafael voltou a reafirmar que as portagens são um muro de Berlim que isolam completamente as povoações do interior do resto do mundo e do país.
"Se continuarmos a ter este processo de desagregação do país que é manter esta distância brutal entre o litoral e o interior, vamos continuar a aprofundar essa distância e vamos, naturalmente, contribuir para que em 2040 não sejam 80% da população, mas 90% [no litoral]", concluiu.
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