O diretor-geral da AIE, Faith Birol, assegurou hoje no Foro de Davos que "depois de um processo revolucionário é muito raro que o país recupere a capacidade de produção" e que no caso da Venezuela se junta ao baixo rendimento nos últimos anos.
A Venezuela não é o único foco de conflito que a AIE deteta, cujo diretor acredita que a volatilidade dos últimos anos "será pior em 2019".
Birol citou outros pontos quentes que podem contribuir para desacelerar a economia global, particularmente a China, já que na última década, foi responsável por 50% da procura total de petróleo.
O responsável da AIE também defendeu a utilização do petróleo em detrimento de outras fontes de energia, considerando que, de momento, são "simbólicas". O carro elétrico representa apenas uma "pequena mordidela" no consumo total de energia, afirmou Birol.
O transporte, a indústria ou a aviação, adiantou, são grandes consumidores de petróleo e são setores em expansão na Ásia, pelo que a procura crescerá.
Em relação ao câmbio climático e à redução de emissões, Birol mostrou-se cético dado que nos últimos anos o volume de emissões subiu, apesar dos compromissos para tentar reduzi-lo.
Uma coisa são as intenções e outra diferente a realidade, entre as que deteta "uma desconexão", afirmou Birol, defendendo que os combustíveis fósseis "são necessários, mas devem produzir-se de forma sustentada".