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ANTROP fala em "discriminação" na decisão da Câmara do Porto

A Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP) considerou hoje "discriminatória" a decisão da Câmara do Porto de transferir o términos de linhas de operadores privados do Bolhão para o Dragão, temendo "degradação de serviço".

ANTROP fala em "discriminação" na decisão da Câmara do Porto
Notícias ao Minuto

18:43 - 17/01/19 por Lusa

Economia Operadora

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da ANTROP, Eduardo Caramalho, explicou que o processo foi "tratado diretamente com as empresas envolvidas" e que existiram "várias reuniões com a câmara municipal", pelo que, disse, "nada fazia prever uma decisão discriminatória" entre operadores.

"A nossa posição foi sempre renitente. É algo que não beneficia os passageiros porque as pessoas têm de fazer transbordo para metro, quando hoje estão habituados a chegar diretamente ao Porto. Mas o pior é que existe uma discriminação entre operadores. Foi com total surpresa que vimos que para a STCP [Sociedade de Transportes Coletivos do Porto] há solução, para os operadores privados - Pacense, Valpi e Gondomarense - não", disse Eduardo Caramalho.

A Câmara do Porto anunciou quarta-feira que 14 linhas de operadores privados de transportes públicos vão a 05 de fevereiro ficar impedidos de entrar no centro do Porto, deixando os passageiros na estação de metro do estádio do Dragão.

Os condicionamentos, motivados em parte pela obra de recuperação do Mercado do Bolhão, vão tirar os autocarros privados e "um total de nove mil passageiros" dos terminais atualmente existentes na rua Alexandre Braga e no Campo 24 de Agosto, transferindo as paragens para a zona do Dragão, com estacionamento para 840 automóveis e uma estação de metro que funciona "aquém da capacidade", explicou o presidente da autarquia, Rui Moreira, em conferência de imprensa.

Em causa estão, por exemplo, situações de autocarros com trajetos provenientes de concelhos vizinhos do Porto, o que já gerou várias críticas, nomeadamente da Câmara de Gondomar, Junta de Freguesia de Rio Tinto, bem como partidos políticos.

"Inicialmente, atendendo às obras e atendendo a que isto era aplicado a todas as linhas de todas as empresas, consideramos um mal menor e compreendemos. Mas pedimos que a solução tinha de ser bem comunicada porque ia causar problemas", descreveu o vice-presidente da ANTROP, apontando que agora, estando o anúncio feiro, espera por um retrocesso ou "poderão ser tomadas medidas".

"Temos esperança de algum bom senso e o retrocesso desta medida", disse o dirigente da ANTROP, apontando por fim que foram enviadas comunicações quer à AMP, quer às Câmaras do Porto, Gondomar e Valongo.

O responsável disse que "é fácil evitar impactos negativos quer para as empresas quer para os utilizadores", lembrando que "se o problema é a rua Alexandre Braga e se arranjou uma solução para parte das carreiras que paravam naquela rua, faltarão casos pontuais e deixar as restantes como estavam".

Eduardo Caramalho apontou que esta decisão "contraria protocolos e memorandos que a ANTROP tem com o Estado e com a Área Metropolitana do Porto no sentido de ser mantida uma articulação equilibrada com os operadores privados e com a STCP" e sublinhou que "é do interesse de todos que se colabore no sentido de assegurar soluções de mobilidade".

"Se pensarmos em qualquer país e qualquer cidade moderna, o caminho é incentivar ao uso do transporte público e não o contrário, esta é claramente uma medida que provocará um descontentamento, uma degradação do serviço e é incentivadora de uma transferência modal para o transporte individual", concluiu.

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