O Governo anunciou, esta sexta-feira, um aumento da remuneração mais baixa da Função Pública para 635 euros, face aos atuais 580 euros, uma atualização que é "obrigatória", defende Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum, acrescentando que era possível ter sido apresentada uma "proposta melhor".
Este aumento só chega a alguns, "há cerca de 600.000 trabalhadores da Função Pública que não veem nenhum aumento", disse Ana Avoila, em declarações ao Notícias ao Minuto, pouco depois do anúncio do Governo.
Por outro lado, o gabinete do Ministério das Finanças salientou, em comunicado, que "esta é uma proposta responsável e socialmente justa, e que respeita as premissas pelas quais tem pautado a sua atuação: não assume compromissos que não pode cumprir", pode ler-se.
Sobre o aumento do salário mínimo nacional, que será de 600 euros a partir do próximo ano, a representante sindicalista considera que "era possível, era justo" fazer mais, reiterando a vontade dos sindicatos de que o salário mínimo fosse atualizado para os 650 euros.
O valor de 600 euros foi proposto, esta sexta-feira, em sede de Concertação Social e já estava previsto no programa do Governo, mas na reunião anterior o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, tinha sinalizado abertura para ir além deste montante, desde que houvesse acordo entre os parceiros sociais.