"Penso que é um percurso sólido, de crescimento", que se traduz desde logo no "número de clientes, as mais de 5.600 empresas a usar SAP em Portugal, nos mais de 100 parceiros a trabalhar em SAP e nos mais de 420 colaboradores", disse em declarações à agência Lusa o diretor-geral da empresa em Portugal, Luís Urmal Carrasqueira, após um encontro com jornalistas a propósito dos 25 anos da empresa, em Oeiras.

O responsável notou que, nos últimos anos, a SAP tem crescido "sempre acima do crescimento de mercado" e, no ano passado, ultrapassou a "barreira dos 100 milhões de euros de faturação", duplicando o montante registado 10 anos antes.

Para 2018, a estimativa é que este crescimento se mantenha, segundo Luís Urmal Carrasqueira: "Assim esperamos".

"O nosso crescimento tem sido não nas grandes empresas, mas sobretudo no tecido empresarial português e nas PME [pequenas e médias empresas]", área na qual "têm sido os melhores anos de sempre", notou.

Em termos de colaboradores, a SAP contratou este ano 80 pessoas no país, estando com um total de 420.

"Nós para 2018 pensávamos que só iríamos atingir os 400 colaboradores no final do ano e conseguimos ultrapassar os 420 no final do ano", observou o diretor-geral da companhia.

Questionado sobre novas contratações, Luís Urmal Carrasqueira falou em "cerca de 60 novas pessoas para o próximo ano" para o centro internacional de serviços do grupo, que faz consultoria para aplicar soluções da SAP noutros países da Europa, Médio Oriente e África, passando assim a ter mais de 300 pessoas.

Sobre o perfil destes colaboradores, Luís Urmal Carrasqueira admitiu que a SAP privilegia "áreas de engenharias e de gestão".

Ainda assim, "obviamente que alargamos a outras áreas", já que "trabalhamos com clientes de diferentes setores e o conhecimento do setor não é menos importante do que o conhecimento de tecnologia", acrescentou.

Segundo dados da empresa, ali trabalham colaboradores de mais de 10 nacionalidades, com uma média de idades de 36 anos, 36% dos quais mulheres.

A SAP está, também, à procura de novas instalações, já que aquelas onde está, no parque empresarial Lagoas Park, em Oeiras, começam a ser pequenas.

"Neste momento, precisamos de crescer e isso é um bom sinal e estamos a avaliar as soluções e estamos em sede de propostas", afirmou o responsável, escusando-se a apontar hipóteses por estar "tudo em cima da mesa".

A mudança, que "já devia" ter acontecido, deverá ser feita em 2019.

"Precisávamos de cerca de 2.000 a 3.000 metros quadrados mais, já para salvaguardar algum crescimento, não no imediato. No imediato, deveríamos precisar de 400 a 500 metros quadrados mais", precisou, explicando que esta ampliação inclui o centro internacional de serviços.

Também no próximo ano, a tecnológica quer apostar em soluções de inovação para as empresas a que presta serviço, em áreas como a inteligência artificial, a aprendizagem automática ('machine learning') e a experiência do utilizador.