Falando durante um encontro com jornalistas para assinalar os 58 anos de atividade da Marques Soares - cujos armazéns (ou 'department store') com o mesmo nome, na 'baixa' do Porto, se apresentam como "uma referência do comércio tradicional" da cidade -- o administrador Paulo Antunes disse estar em curso um investimento de 200 mil euros no desenvolvimento de uma nova plataforma eletrónica de 'e-commerce' cujo objetivo é aumentar o peso das vendas 'online' da empresa dos atuais 6 a 7% para 10% já em 2019.
De acordo com Paulo Antunes, a atual página eletrónica da Marques Soares -- que opera nos segmentos da moda, sapataria, perfumes, ótica, acessórios, desporto, tecnologia, eletrodomésticos, criança, relojoaria, joalharia e casa -- existe desde 1998, mas está muito "virada para os clientes", pretendendo-se criar uma "nova plataforma mais aberta ao exterior".
Com a primeira loja aberta desde 1960 na rua das Carmelitas, no Porto, a Marques Soares é atualmente gerida por cinco elementos da terceira geração das famílias Marques e Soares, possuindo uma área de venda de 14 mil metros quadrados nas lojas do Porto, Braga, Aveiro, Santarém, Beja, Vila Real e Évora, onde trabalham cerca de 300 colaboradores.
A empresa arrancou num espaço com 150 metros quadrados e dez funcionários, num armazém inicialmente especializado em tecidos para vestuário, malhas e camisaria, mas cujas vendas rapidamente se alargaram a todo o país através de cartazes com amostras.
Desde então foi alargando o seu âmbito de atividade, dispondo hoje de várias lojas e de secções de vestuário, têxteis-lar, tecidos, louças e decoração, perfumaria, 'lingerie', sapataria, marroquinaria, ótica, eletrodomésticos, artigos desportivos, relojoaria e restaurante, e comercializando mais de 500 marcas.
Com 120 mil clientes na sua base de dados, dos quais 40 mil são clientes ativos (com compras feitas nos últimos dois anos), a Marques Soares registou uma faturação na ordem dos 20 milhões de euros no ano passado, que prevê "manter este ano".
