"Se mantivermos o ritmo de crescimento médio anual das exportações que temos registado desde 2010, na ordem dos 10%, podemos ambicionar, muito em breve, chegar a esse montante [500 milhões de euros]", disse, em comunicado, Gonçalo Santos Andrade.
De acordo com os dados disponibilizados pela associação, em 2017, as vendas da fileira de frutas, legumes e flores portugueses ao mercado espanhol totalizaram 450 milhões de euros, mais 13,6% do que no ano anterior.
Espanha, com 47 milhões de habitantes, é assim "o maior parceiro comercial de Portugal e também o mais importante cliente das frutas e legumes nacionais", representando 30,5% das exportações, seguida de França (12,1%), Reino Unido (9,4%), Holanda (8,2%) e Alemanha (6,3%).
"Entre janeiro e julho de 2018, registou-se uma quebra ligeira (-1%) nas exportações face ao mesmo período de 2017 (caíram dos 948 milhões de euros para 939 milhões), em consequência da seca prolongada que se estendeu até ao mês de fevereiro e das posteriores chuvas tardias [...] que atrasaram o início das campanhas e prejudicaram o valor médio de venda de grande parte dos produtos hortofrutícolas nacionais", apontou, no mesmo documento, a Portugal Fresh.
Por sua vez, naquele período, as vendas a Espanha cederam 0,2% para 223,4 milhões de euros, "'performance' que não coloca em causa as ambições dos produtores nacionais", defendeu Gonçalo Santos Andrade.
A associação tem como objetivo chegar aos 2.000 milhões de euros de exportações em 2020, apostando nas feiras internacionais como um dos elementos da estratégia de promoção.
A Portugal Fresh, juntamente com 42 empresas, instituições e parceiros, vai participar, pela oitava vez consecutiva, na Fruit Attraction, feira dedicada às frutas e legumes, que decorre entre 23 e 25 de outubro em Madrid.
Pela primeira vez, a área ocupada pela associação ultrapassa os 500 metros quadrados, o que representa uma subida de 22% face à edição anterior.
Durante o evento são esperados 70 mil visitantes de 120 países.