Há um ano, em 15 de setembro de 2017, a Standard & Poors (S&P) tirou Portugal do lixo, revendo em alta o rating (notação) atribuído à dívida soberana portuguesa de BB+ para BBB-, a nota mínima dentro do nível de investimento.
Com essa revisão em alta para BBB-, Portugal voltou a ter uma notação de investimento atribuída por uma das três principais agências de rating mundiais.
Em dezembro do ano passado foi a vez de a agência de notação financeira Fitch ter tirado Portugal do lixo melhorando em dois patamares o rating da dívida pública portuguesa, de BB+ para BBB, o segundo nível da categoria de investimento.
Já a Moodys decidiu, em abril deste ano, não se pronunciar sobre a avaliação de Portugal, pelo que assim se manteve na notação Ba1 (considerado lixo), atribuída ao país desde julho de 2014.
A agência norte-americana continua a ser a única das grandes a atribuir à dívida pública portuguesa uma nota de especulação.
Ainda quanto à S&P a última revisão do rating de Portugal foi em março, tendo então mantido a nota de Portugal em BBB-, do escalão de investimento, com perspetiva estável.
Na altura, a S&P perspetivou para Portugal a continuação de crescimento económico e consolidação orçamental, ainda que referindo as "vulnerabilidades da elevada, se bem que em queda, dívida externa privada e pública".
O rating pode ser melhorado, acrescentou a agência de notação financeira, se Portugal apresentar progressos na redução das dívidas externa e pública, acima do que espera. A mesma decisão pode ser tomada para "refletir potenciais melhorias na estabilidade financeira".
Ao contrário, avisou a agência, a nota pode ser revista em baixa, o que significaria o seu regresso a um escalão de investimento especulativo (vulgarmente designado "lixo"), caso haja um "acentuado enfraquecimento do crescimento económico" e se "a situação orçamental se deteriorasse consideravelmente".