"Os negócios não vão voltar a ser o que eram devido ao Brexit (palavra usada para significar a saída dos britânicos da União Europeia). Esta é a verdade. E deveríamos preparar-nos para qualquer tipo de cenário, incluindo o de falta de acordo", afirmou Barnier a um grupo de empresários, com quem se reuniu hoje, durante uma conferência organizada pela Câmara de Comércio dos EUA, em Washington.
O funcionário europeu recordou os presentes que o Reino Unido tinha decidido abandonar de "maneira automática" os 750 acordos internacionais que o vinculam ao continente europeu e que, além disso, Londres tinha definido uma série de 'linhas vermelhas' para marcar a relação com os seus antigos parceiros.
"Não se querem submeter à Justiça europeia, nem aceitar a liberdade de movimentos, nem continuar a pagar à União Europeia", lamentou Barnier, que declarou que respeita a decisão britânica, mas defendeu que chegou o momento de concretizar a saída do Reino Unido, depois do referendo de 2016.
Barnier sublinhou que "fora" do mercado único europeu é necessário submeter-se a uma série de controlos, pelo que convidou os norte-americanos a "analisar o seu nível de exposição" ao Reino Unido antes de este sair da União Europeia, o que está previsto para março de 2019.