Há histórias que merecem ser partilhas. Esta é uma delas e envolve José Mourinho, Costinha e César Peixoto. O episódio remonta há mais de dez anos, em 2003, mas só esta quinta-feira foi revelado por Costinha.
"Lembro-me que o César Peixoto, a determinada altura, teve um acidente de carro a ir para o Olival e o Mourinho deu-lhe uma descompostura. Foi no dia de anos dele. E o César estava ao meu lado e disse-me: ‘Estive a falar com o mister e ele disse-me que só não me dispensava agora porque não podia. Mas que não conta mais comigo até ao final da época porque não tive um comportamento digno. Mas oh Costa, eu não fiz nada’", começou por recordar Costinha, em entrevista ao Porto Canal, antes de prosseguir.
"Mas eu lembro-me como se fosse hoje, bato à porta do balneário do Mourinho e estava o André [Villas-Boas]: ‘Mestre, sou eu, queria falar com o míster'. E ele foi chamar o míster: 'Zé, está aqui o Costinha. [Mourinho responde] Diz a esse gajo que vem aqui defender o César Peixoto vai já para trás'. 'Mister deixo-o treinar comigo durante uma semana, só nos treinos. Eu responsabilizo-me por ele'. E o ele respondeu: 'Mas ele não merece, ele tem uma qualidade fantástica, eu já tentei de tudo. Desiste.' E eu disse: 'Dê-me uma semana'. E ele que não contava mais, acabou por fazer mais uma data de jogos e só não entrou na final [da Taça UEFA] porque o Nuno Valente foi expulso", explicou, antes de sublinhar que a cumplicidade e a união entre o plantel era fomentada por este tipo de situações.
"A relação que nós tínhamos uns com os outros para nos ajudar. Mas na questão do César ele estava mesmo para desistir", recorda.
