Esta quinta-feira o jornal O Jogo partilhou uma carta aberta de Godinho Lopes ao banqueiro José Maria Ricciardi, depois da revelação de uma gravação polémica, em que se ouviu o atual membro da Comissão de Honra da candidatura de Bruno Carvalho defender que a única solução para os leões seria a perda da maioria do capital social da SAD.
“O que me levou a escrever estas palavras é, por um lado, a revelação de uma gravação; e, por outro, a invocação do meu nome por parte de José Maria Ricciardi num tom e numa linguagem que considero, no mínimo, ligeiros e abusivos”, começou por escrever Godinho Lopes.
“Já muita gente irresponsável me destratou na televisão do Sporting e em outros meios de comunicação social. Mas sim, é gente irresponsável e sobre a qual não nutro qualquer respeito - tenha essa gente o lugar que tiver no clube... Gente que se considera maior do que o Sporting e que, por uma estrita questão de ego, acredita estar acima do Clube. Mas essa gente simplesmente ignoro-a e não dou resposta”, acrescentou.
Godinho Lopes falou então sobre a dita gravação.
“Ouvi com atenção, telefonei a Sikander Sattar (pessoa em que acredito) e fiquei sem dúvidas de remontar a 2013. Não posso deixar de criticar veementemente a forma como se grava uma "reunião" e se usa a mesma, como se os presentes tivessem sabido e concordado na sua divulgação. Sobre o conteúdo, seguramente, quem esteve presente explicará”, salientou o ex-presidente do Sporting.
“No que se refere ao propalado Plano de Reestruturação, não é natural que José Maria Ricciardi, embora não participando nas reuniões, ignorasse que se fizeram em 2012 e nos princípios de 2013. Embora Sportinguista dos "quatro costados", mas isso somos todos, prejudicou e sobremaneira o Clube pelas suas atitudes de querer controlar os candidatos. E não gostei das afirmações que ouvi”, realçou ainda, terminando.
“Caro José Maria, quem salvou o Sporting foram os Sportinguistas, não algum Salvador ou milagre. O tempo encarregar-se-á de repor a verdade e não é por tantas vezes invocares o meu nome que o 'milagre' se vai fazer. Cumprir com os bancos no primeiro ano não foi obra de um grande gestor, foi obrigação, para sobreviver. A partir daí basta olhar para as contratações e o desatino total”.