Bruno de Carvalho não gostou de ver o pai de João Mário criticar publicamente a demora no processo de renovação do médio atualmente ao serviço da seleção portuguesa. À margem de uma iniciativa em Roma, o presidente do Sporting garante, no entanto, que não atribui culpas ao jogador. “Nunca precisei de ir para os jornais falar de processos de renovação. Todos os jogadores têm consciência de que nós sabemos reconhecer quem veste a camisola com esforço, dedicação e devoção. Porque é esse o único caminho que há para a glória. Agora, quanto mais pública for a coisa, menos vontade haverá. Felizmente, sei separar o que são comportamentos de miúdos que conheço há anos, de algumas situações menos pensadas por parte de outras pessoas”, referiu.
Falando dos casos específicos, não só de João Mário, como de Islam Slimani, Bruno de Carvalho reafirma que “a única proposta que chegou a Alvalade” foi aquela que o próprio adiantou, de 80 milhões de euros, e deixa a promessa de que ambos os jogadores estão “calmos e satisfeitos”.
“Não tem sido por termos contratos a longo termo que não temos revisto esses mesmos contratos- João Mário vai no terceiro, Slimani vai no segundo e não estamos a falar de contratos que estavam a acabar. Isto é algo que os jogadores já perceberam. Perceberam que este Sporting reconhece [o mérito]. Foram de férias descansados, com esta certeza: o Sporting é um clube que exige muito, mas que também reconhece quem tudo dá”, sublinhou.
O dirigente abordou, também, as expetativas para a próxima temporada, relembrando que, depois de ganhar “a Taça de Portugal e a Supertaça, falta a alegria suprema de conquistar o campeonato”.
“Vai ser muito disputado outra vez, mas o que o Sporting quer é chegar ao fim e vencer. Se vamos atingir os mesmos números… acho difícil superá-los, mantê-los, mas nunca se sabe. Com a qualidade que vimos no ano passado, se todos nós continuarmos com esta vontade de trabalhar, quem sabe se não acontece”, rematou.