Ricardinho é um dos melhores jogadores de futsal do mundo e, já repetiu em várias ocasiões que, em Portugal, apenas jogaria no Benfica. Contudo, o internacional português confessa que até poderia ter defendido as cores de um grande rival.
Aos dez anos de idade, o jogador do Inter Movistar, tentou a sua sorte num clube de futebol que era satélite dos portistas.
“Jogava na filial do FC Porto, levava 120 golos marcados e fui convidado para uns testes na equipa principal no ano seguinte, mas trocaram de treinador. Fui treinar, fiquei entre os últimos dez ou 11 jogadores e disseram-me que tinha qualidade. No entanto, dispensaram-me porque era baixo e tinha de crescer”, revelou em entrevista ao El Largero, da Cadena SER.
A situação deixou Ricardinho bastante abalado, tanto que fez mesmo uma pausa no futebol.
“Se não conseguia crescer na melhor equipa portuguesa a formar jogadores naquela altura, como iria fazer numa filial? Aquilo afetou-me muito. Fiquei um ano e meio sem jogar”.
A mudança para o futsal aconteceu quase que por acaso.
“Um grupo de amigos convidou-me para o 'Torneio 25 de Abril, fui considerado o melhor jogador e ganhei o prémio de melhor marcador. Chamaram-me para outros clubes, mas não quis ir para outro que não fosse o FC Porto, o Benfica ou o Sporting, que são as três grandes equipas em Portugal”.
Do 'pontapé inicial' até ser consagrado o melhor do mundo pela segunda vez na carreira em 2015, foi um saltinho e, na hora de eleger o melhor golo, aponta a um feito com a camisola das Quinas.
“O que marquei à Sérvia, no Mundial, foi um dos melhores que já fiz; o que fiz no Japão, de costas, também”.