Rio Ferdinand concedeu uma extensa entrevista à edição deste domingo do jornal britânico The Times, na qual 'abriu o livro' a propósito do sucesso que tem tido enquanto comentador desportivo, depois de uma carreira de futebolista feita, sobretudo, ao serviço do Manchester United, clube que representou num total de 455 jogos oficiais, entre 2002 e 2014.
Agora, o ex-internacional inglês é notícia constante, ora devido às análises futebolísticas que leva a cabo, ora devido aos convidados que leva ao seu próprio canal de YouTube, intitulado 'Rio Ferdinand Presents'. A fama é tal que, confessa o próprio, há até quem já pense duas vezes antes de dirigir-lhe a palavra, como é o caso de... Cristiano Ronaldo, com quem partilhou balneário, em Old Trafford.
"É engraçado, porque o Cristiano chama-me jornalista, agora. Ele enviou-me uma mensagem a dizer 'Agora, não posso falar muito, no grupo de WhatsApp do Manchester United, o Rio está lá. Rio, o jornalista", atirou o antigo defesa-central, escassos dias depois de ter festejado aquele que foi o 46.º aniversário.
Desafiado a revelar qual o jogador que mais gostaria de entrevistar, Rio Ferdinand não pensou duas vezes antes de responder: "[Lionel] Messi. Estou a passar por todos os canais, a falar com o Becks [David Beckham]. Ele é um futebolista absolutamente fenomenal, mas nós não sabemos quem ele é".
Será Ruben Amorim o homem certo para liderar o Manchester United?
Nesta mesma entrevista, Rio Ferdinand abordou a crise de resultados que o 'seu' Manchester United atravessa, na sequência de um arranque de temporada no qual somou quatro derrotas, um empate e apenas três derrotas ao cabo de oito partidas oficiais, tendo em conta todas as competições, o que levantou dúvidas quanto ao futuro de Ruben Amorim.
"Não há muita coisa a passar-se na equipa que me faça dizer 'Acredito mesmo, agora', mas, quando olhas para as estatísticas, elas dão-te um murro na cara ao nível de entradas na grande área adversária, remates, golos esperados... As coisas parecem positivas, desse ponto de vista", começou por referir.
"Nós pensamos 'Ouçam, nós temos um avançado de 1,95 metros [Benjamin Sesko]. É tão atlético quanto é possível. Vamos limitar-nos a não dar aos defesas deles um dia fácil. Vamos lançar-lhe a bola, vamos colocá-lo sob o pescoço deles, 15 vezes por cada parte. Será que, aí, eles irão conseguir defender?'", prosseguiu.
"Eu gosto do novo guarda-redes [Senne Lammens]. Na estreia, ele jogou longo, diretamente para Sesko, muito mais do que nós temos visto, e, de repente, surgiu um golo. Esse tipo de abordagem focada e pragmática do jogo é algo que ainda não vimos o suficiente, durante a passagem de Amorim", completou.
Aliás, para Rio Ferdinand, neste momento, o que falta mesmo ao ex-Sporting é colocar "os jogadores nas posições certas": "O Bruno [Fernandes] pode desempenhar o papel mais recuado que lhe tem sido pedido, mas será que irá conseguir desempenhá-lo tão bem como quando joga mais adiantado no terreno? Por que não colocar o jogador mais produtivo da Premier League na melhor posição?".
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