A Federação Sueca de Futebol (SvFF) está, ao que tudo indica, na iminência de nomear um novo selecionador, na sequência da demissão de Jon Dahl Tomasson, que não resistiu a uma paragem para compromissos internacionais marcada por (mais) duas derrotas, perante a Suíça (por 0-2) e o Kosovo (por 0-1).
De acordo com informações adiantadas, esta sexta-feira, pelo portal escandinavo Fotbollskanalen, emissários do organismo ter-se-ão deslocado à casa de Graham Potter, no condado de Jamtland, para procurar convencê-lo a abraçar o cargo o mais rapidamente possível e, assim, ainda tentar 'salvar' as contas do apuramento para o Campeonato do Mundo de 2026.
O processo está, neste momento, a ser liderado pelo diretor desportivo, Kim Kallstrom, e pelo 'braço direito', Jens Andersson, e as expetativas são positivas, já que o próprio treinador terá demonstrado, inclusive, disponibilidade para adaptar-se às limitações financeiras desta nova realidade.
As (complicadas) contas da Suécia
Com apenas duas jornadas por disputar, na fase europeia de qualificação para o Mundial'2026, a Suécia mora no quarto e último lugar do Grupo D, com apenas um ponto somado. O primeiro lugar pertence a França, e está a nove pontos de distância, pelo que, matematicamente, é impossível de alcançar.
Significa isto que a única esperança da seleção escandinava passa por ascender ao segundo lugar, que dá acesso a um playoff de acesso à competição. Para tal, terá de ultrapassar a terceira classificada, a Eslovénia (que soma três pontos) e igualar a contagem do Kosovo (que leva sete).
Esta operação só será possível se, na próxima interrupção competitiva, levar de vencida a Suíça (a 15 de novembro, no Stade de Genève) e a Eslovénia (a 18 de novembro, na Strawberry Arena), e o Kosovo perder os duelos com a Eslovénia (a 15 de novembro, no Stadion Stozice) e a Suíça (a 18 de novembro, no Stadiumi Fadil Vokrri).
O cenário é, neste momento, extremamente delicado, mas a SvFF acredita que, com Graham Potter ao leme, nos dois derradeiros 'testes', a equipa onde militam jogadores como Samuel Dahl (do Benfica) ou Viktor Gyokeres (que, no passado verão, trocou o Sporting pelo Arsenal) garantirá uma vaga na prova a disputar-se nos Estados Unidos da América, no Canadá e no México.
'Despedido de fresco'
Graham Potter, recorde-se, está livre de contrato desde o final do passado mês de setembro, quando foi demitido do comando técnico do West Ham, na sequência daquele que foi um arranque de temporada 'para esquecer', no qual somou um total de cinco derrotas e apenas uma vitória, ao cabo de seis jogos oficiais, em todas as competições.
O treinador de 50 anos de idade levou a cabo uma carreira de jogador 'discreta', ao serviço de clubes como Stoke City, Southampton ou West Bromwich Albion, tendo a primeira experiência fora das quatro linhas ocorrido em 2007, quando assumiu o cargo de diretor técnico da seleção ganesa feminina.
Já enquanto técnico, orientou, não só os hammers (onde foi substituído pelo português Nuno Espírito Santo), como também o Leeds Carnegie, o Ostersunds FK, o Swansea City, o Brighton e o Chelsea.
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