André Villas-Boas assume que, neste momento, não faltam interessados a Samu Aghehowa, jogador que, no passado mês de julho, se tornou, oficialmente, no reforço mais caro da história, não só do FC Porto, como de todo o futebol português, na sequência de uma operação que valeu ao Atlético de Madrid um encaixe financeiro total na ordem dos 32 milhões de euros.
Em declarações prestadas ao jornal espanhol As, durante o Portugal Football Summit (evento que decorreu, entre os passados dias 23 e 26 de setembro, na Cidade do Futebol, em Oeiras), mas apenas esta sexta-feira divulgadas, o presidente dos dragões teceu, ainda assim, rasgados elogios ao jogador de apenas 21 anos de idade, com uma certeza pelo meio: "Samu tem um grande futuro, e queremos manter o seu talento".
"É um super jogador. Apesar da sua tenra idade, o Samu é um dos melhores goleadores do mundo", começou por afirmar o antigo treinador, a propósito do avançado de ascendência nigeriana, que, recorde-se, tem contrato válido até junho de 2029, com uma cláusula de rescisão no valor de 100 milhões de euros).
"Começámos este projeto do Samu com o Atlético. Primeiro, comprámos 50%. Agora, conseguimos comprar a totalidade dos direitos desportivos. Queremos que cresça e se converta naquilo que acreditamos que vai ser. A chegada ao FC Porto foi o passo correto para ele. clube também é uma família, e sentiu-se em casa. Já tivemos contactos com vários clubes que queriam levá-lo", acrescentou.
Samu Aghehowa, recorde-se, chegou ao FC Porto no verão de 2024, proveniente do Atlético de Madrid (clube pelo qual não chegou a estrear-se, enquanto sénior), depois de ter estado a um passo de mudar-se para o Chelsea. Desde então, foi utilizado em 53 jogos oficiais, ao cabo dos quais somou 32 golos e ainda três assistências.
"Borja Sainz é um super jogador para o FC Porto"
André Villas-Boas virou, de seguida, 'baterias' para Borja Sainz, jogador adquirido ao Norwich City, no passado mercado de transferências de verão, a troco de uma verba na ordem dos 13,3 milhões de euros, que pode ascender aos 15,5 milhões de euros, mediante o cumprimento de objetivos de natureza desportiva.
"O Borja chamou-nos a atenção, no Championship. Nunca foi comum para os clubes portugueses comprar no Championship ou na Premier League. Touxemos [Jakub] Kiwior do Arsenal, mas, normalmente, não podemos competir com o mercado da Premier League, e o Borja estava a jogar muito bem, no Norwich", recordou.
"Aproximámo-nos do Norwich, antes de disputarmos o Mundial de Clubes. Não foi fácil, mas, finalmente, conseguimos fechá-lo, depois do torneio (...). O Borja é um super jogador para nós. Representa os valores do FC Porto. Luta por cada golo, vai a cada bola, chega à área, faz desmarcações no espaço... É um grande futebolista e uma boa pessoa", completou.
"Em condições normais, Gabri Veiga nunca teria assinado pelo FC Porto"
A terminar, o líder máximo do FC Porto 'abriu o livro' a propósito do processo que culminou na chegada de Gabri Veiga, jogador que acabou por 'roubar' a titularidade a Rodrigo Mora, depois de ter sido contratado ao Al-Ahli Jeddah, por 15 milhões de euros (valor ao qual poderão acrescer mais quatro milhões de euros, mediante o rendimento).
"Foi um reforço maravilhoso para nós. Em condições normais, Gabri Veiga nunca teria assinado pelo FC Porto. Estamos a falar, neste momento, de um dos melhores talentos da sua geração, no futebol europeu. Tomou a decisão de partir para a Arábia Saudita, em tenra idade, e teve um grande impacto, lá, devido aos troféus que conquistou, aos golos e às assistências", apontou.
"Estivemos um ano a tentar e a trabalhar para convencê-lo a vir para o FC Porto, com como o projeto do FC Porto seria um bom passo para ele, e conseguimos contratá-lo. O FC Porto trouxe sempre talento jovem, e temos a consciência de que os jogadores jovens que decidiram ir para a Arábia Saudita querem, rapidamente, voltar à Europa, para estarem presentes no futebol europeu. É um mercado interessante para o FC Porto, e oxalá possamos prosseguir com estes negócios", rematou.
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