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Bronca na Liga Europa. Aston Villa-Maccabi vira questão de Estado

Autoridades policiais inglesas vetam a presença de adeptos israelitas no encontro da Liga Europa, entre Aston Villa e Maccabi Tel Aviv. Keir Starmer não concorda e fala mesmo de "antissemitismo"

Bronca na Liga Europa. Aston Villa-Maccabi vira questão de Estado

© Getty Images

Carlos Pereira Fernandes
17/10/2025 09:41 ‧ há 4 horas por Carlos Pereira Fernandes

Desporto

UEFA

Está instalada a polémica, na Liga Europa, depois de as autoridades policiais inglesas terem optado por vetar a presença de adeptos israelitas no encontro da quarta jornada da fase de liga, que irá colocar, frente a frente, Aston Villa e Maccabi Tel Avive, a partir das 20h00 (hora de Portugal Continental) do próximo dia 6 de novembro, no Villa Park, em Birmingham.

 

Esta quinta-feira, em forma de comunicado partilhado através das plataformas oficiais, os villains fizeram saber que o Grupo de Aconselhamento de Segurança (SAG) "escreveu, formalmente, à UEFA", opondo-se à venda de bilhetes à massa associativa adversária, alegando "preocupações ao nível da segurança pública nas imediações do estádio e a capacidade de lidar com quaisquer potenciais protestos, noite dentro".

"O clube está em contínuo diálogo com o Maccabi Tel Aviv e as autoridades locais ao longo deste processo que decorre, com a segurança dos nossos adeptos que marcarão presença do jogo e a segurança dos residentes locais na linha da frente de qualquer decisão", completou a nota.

Keir Starmer é contra e até fala de "antissemitismo"

Já esta sexta-feira, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, veio a público condenar a decisão, através de uma publicação na rede social X (o antigo Twitter): "Esta é a decisão errada. Nós não iremos tolerar antissemitismo nas nossas ruas. O papel da polícia é garantir que todos os adeptos de futebol podem desfrutar do jogo, sem receio de violência ou intimidação".

Já Ian Murray, responsável pelo ministério da Cultura, deu conta, à estação televisiva britânica BBC, de uma reunião de emergência, para procurar reverter a restrição: "É a decisão errada ao nível da mensagem que envia quanto ao antissemitismo, mas também envia a mensagem errada a todo o país, em como seríamos banidos de participar em eventos públicos se formos da raça, religião ou credo errados".

Israel condena "decisão cobarde" e UEFA 'chuta para canto'

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Sa'ar, também recorreu às redes sociais para condenar, veementemente, a proibição da presença de adeptos do país, no Aston Villa-Maccabi Tel Aviv, escrevendo: "Decisão vergonhosa! Apelo às autoridades do Reino Unido que revertam esta decisão cobarde".

A UEFA, por seu lado, limitou-se a enviar um comunicado à agência noticiosa Reuters, recusando qualquer tipo de responsabilidade e sublinhando que "encoraja ambas as equipas e autoridades competentes a chegarem a acordo quanto à implementação de medidas apropriadas necessárias" para a promoção de "um ambiente seguro".

"Em qualquer caso, as autoridades locais competentes permanecem responsáveis por decisões relacionadas com a segurança dos jogos que decorram no seu território, sendo as respetivas decisões determinadas com base em avaliações de risco aprofundadas, que podem variar, de jogo para jogo, e levando em conta circunstâncias anteriores".

Está, desta maneira, o 'caldo entornado', numa altura em que a própria FIFA tem vindo a ser pressionada no sentido de afastar Israel de todas as competições que organiza, tendo em conta o conflito bélico na Faixa de Gaza, na Palestina.

Leia Também: Netflix na 'corrida' para garantir direitos da Liga dos Campeões

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