Alberto Costa concedeu uma extensa entrevista à edição desta quinta-feira do jornal O Jogo, na qual 'levantou o véu' sobre o processo que o levou da Juventus para o FC Porto, no passado mercado de transferências de verão, a troco de uma verba na ordem dos 15 milhões de euros, que pode ascender aos 16 milhões de euros, mediante o cumprimento de objetivos (com João Mário a seguir no sentido inverso).
"Era um sonho de criança jogar aqui, e, quando o meu agente falou-me da possibilidade, foi logo um entusiasmo muito grande. Quando saí do Vitória SC, claro que foi um passo incrível, mas fiquei com aquele sentimento de que foi muito pouco, com tantos anos no clube e foram poucos jogos ali, mas mesmo que tivessem sido mais...", começou por afirmar.
"Um jogador, quando está em Portugal, tem o sonho de ser campeão cá. Neste caso, tenho a possibilidade de o ser com o clube do coração e parece que aconteceu tudo no momento certo. Estou muito grato por estar aqui e sinto que o FC Porto ajudou-me imenso, mostrou muito interesse em mim", acrescentou.
O internacional sub-21 deixou, ainda assim, um sublinhado a propósito da corrida ao título, numa altura em que os dragões são líderes isolados, com três pontos de vantagem sobre o segundo classificado, o Sporting: "Aqui dentro, não estamos a sentir pressão nenhuma. Sinto que pensamos apenas em ganhar o próximo jogo. Temos de ganhar o próximo desafio e focamo-nos sempre no adversário seguinte".
"Agora, vamos ter muitos jogos num curto espaço de tempo, mas concentramo-nos sempre no próximo, pouco se fala nos jogos que vão aparecer depois. Por outro lado, é das coisas mais gratificantes que podemos ouvir quando os adeptos dizem que os representamos. Só queremos dar continuidade a isso. Se dizem que mostramos garra em campo, só podemos ficar contentes com isso e dá-nos ainda mais vontade de o mostrar", apontou.
Do corte em Alvalade aos 'ralhetes' internos
O lateral-direito abordou, ainda, o Clássico do passado dia 30 de agosto, do qual o FC Porto saiu do Estádio José Alvalade com um triunfo sobre o Sporting, por 1-2, no qual o próprio esteve em plano de destaque, não só pela assistência para o golo de Luuk de Jong, como também devido a um corte providencial. "Durante o jogo, nem me apercebi bem das coisas, mas toda a gente disse-me que foi como um golo. Foi um momento bonito".
"No campo, já tinha a perceção de que estávamos três para três e consegui apanhar, mas foi uma coisa muito rápida e uma questão de escolhas. Curiosamente, antes do jogo, tínhamos treinado aquela troca de apoios específica, correr para dentro e não rodar para o outro lado, mas para aquele. Se calhar, até o fiz de forma inconsciente", confessou.
A terminar, o jogador de apenas 22 anos de idade explicou como o ambiente que se vive no Dragão se tem revelado fundamental para o bom momento, mesmo que, por vezes, sejam necessários 'puxões de orelhas' entre companheiros de equipa.
"Sim, sem dúvida, de uma forma não agressiva que não ultrapasse os limites. Mas, quando alguém vê outro que não está a dar aquele metro, o pessoal diz logo, não tem problemas. E a pessoa que falha num determinado momento recebe e compreende, porque estamos aqui todos pelo mesmo e com a mentalidade certa. Se for preciso, no dia seguinte, é essa pessoa que puxa por outra", rematou.
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